A ANF vai apresentar hoje a proposta de um “novo contrato social para a farmácia” que preveja, entre outras alterações, que a componente de margem fixa ganha pelas farmácias seja maior.

Num seminário que decorre durante a manhã no auditório do Edifício Novo da Assembleia da República, será debatido “o novo contrato social para a farmácia”, uma proposta que já tinha sido abordada pelo presidente da ANF, em maio, na Comissão Parlamentar de Saúde.

Segundo Paulo Duarte, trata-se de um modelo que estabelece novas obrigações e remunerações para as farmácias.

Na altura, Paulo Duarte explicou aos jornalistas que havia um contrato que estabelecia “obrigações das farmácias com direito a remuneração equilibrada”, mas esse “contrato quebrou-se”.

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A ANF quer agora lançar as bases para um novo contrato a ser desenvolvido a médio/longo prazo, que, entre outros aspetos, preveja que a componente da margem fixa seja maior, “para haver interesse direto [da farmácia] em dispensar o medicamento mais barato”.

“Ganha o farmacêutico, ganha o utente e o Estado ganha também”, disse, acrescentando que, neste modelo, “os medicamentos muito baratos têm que ser um bocadinho mais caros, para compensar os muito caros””.

Para Paulo Duarte deveria ser criado “um sistema que incentivasse e beneficiasse o farmacêutico a dispensar genéricos”.

“Há comprimidos, muitos, que são mais baratos do que uma carcaça. Algo está mal neste processo. O modelo que foi criado é, na nossa opinião, totalmente ineficaz”, considerou.