“A reforma da Justiça falhou”. É esta a sentença de António Ventinhas, presidente do Sindicato de Magistrados do Ministério Público. O responsável falava no âmbito de um seminário sobre corrupção, a decorrer na Figueira da Foz.

Em análise estava o atual momento político e o estado da Justiça. Ventinhas teceu várias críticas à ministra da Justiça, sublinhando que Paula Teixeira da Cruz impossibilitou o diálogo.”Não estamos a anunciar o corte de relações do sindicato com a senhora ministra, porque esse corte de relações já tinha existido há muito”, disse. O responsável considera que “não é possível completar a reforma judiciária neste momento” porque “não se conseguiram aprovar os estatutos”.

No princípio de junho, a ministra da Justiça adiantava em comissão parlamentar que o impasse na aprovação dos Estatutos das Magistraturas se devia às “exigências” salariais feitas pelos magistrados, desfasadas “face à realidade”. Paula Teixeira da Cruz afirmava que iria fazer tudo “para concluir o processo”, mas referia que as exigências não podiam continuar naqueles patamares. No diploma estavam previstos aumentos salariais de 3.000 para 4.224 euros e, noutras situações, de 7.000 para 8.274 e até de 8.000 para 10 mil euros, reconheceu na altura Paula Teixeira da Cruz, escrevia a Lusa.

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