A tarifa média da TAP caiu entre 8 e 10% em 2014, na sequência do aumento da concorrência ‘low cost’ e da queda da procura sobretudo do mercado brasileiro, mas foram tomadas medidas logo no início de 2015.
Em entrevista publicada no relatório de gestão da TAP, o presidente da TAP revelou que logo no início de 2015 foram tomadas “algumas ações de contenção da oferta para, também por aí, procurar influenciar um pouco a tarifa”.
Num balanço sobre a operação em 2014, marcada por irregularidades e greves, Fernando Pinto explicou que a queda da tarifa média teve muito a ver com a queda da procura do principal mercado internacional, o Brasil, referindo que “o brasileiro não saiu do país”.
Em contrapartida, acrescentou, “houve um aumento da procura da Europa para o Brasil [palco do Mundial de Futebol], mas já com tarifa média mais baixa, porque o tipo de cliente que procura este tipo de eventos não é um cliente de negócios”.
“Houve também um grande aumento da concorrência, maior oferta, menor procura, preços muito baixos, tarifa média lá em baixo”, argumentou.
No caso concreto de Lisboa, acrescentou, “também se verificou um aumento da concorrência ‘low cost’ nas rotas europeias, que muito contribuiu para baixar a tarifa média”.
“Com a chegada a Lisboa de mais uma empresa para competir no principal ‘hub’ da TAP, a nossa frente de batalha alargou-se e tivemos de praticar tarifas muito mais baixas”, declarou.
O grupo TAP fechou 2014 com prejuízos de 85,1 milhões de euros, valor que representa um agravamento de 79,2 milhões de euros face aos 5,9 milhões de euros registados em 2013, resultado da prestação do transporte aéreo.
Já a TAP — Manutenção e Engenharia Brasil registou um prejuízo de 22,6 milhões de euros, uma melhoria em 17,7 milhões de euros face ao ano anterior (45%), naquele que é o quarto ano de um plano de reestruturação da empresa que historicamente é a responsável pelos prejuízos do grupo.
Em 2014, o resultado líquido refletiu a atividade do transporte aéreo (TAP SA), que, como foi divulgado, passou de um lucro de 34 milhões de euros para prejuízos de 46,4 milhões de euros, explicado pela entrada tardia em operação dos seis novos aviões, pelos 22 dias de greve (anunciadas ou efetuadas e outras ocorrências operacionais, nomeadamente problemas técnicos.