O cabeça-de-lista por Aveiro comparou esta noite a atuação da ministra das Finanças “aos banqueiros trapaceiros”. O deputado falava da notícia de que a ministra das Finanças, enquanto secretária de Estado do Tesouro, teria pedido uma alteração das contas da gestora pública dos ativos tóxicos do BPN.

Disse Pedro Nuno Santos que “aquilo que a senhora ministra fez foi o que fizeram alguns banqueiros” e depois repetiu: “Alguns banqueiros trapaceiros fizeram o mesmo que a ministra que pediu à Parvalorem [gestora pública dos ativos tóxicos do ex-BPN] para fazer”, disse. O deputado foi o coordenador do PS da comissão de inquérito do BES , onde acusou o banqueiro Ricardo Salgado, por exemplo. Em causa estavam também alterações das contas do antigo BES. O banqueiro é neste momento arguido no caso-BES.

Ora se o primeiro-ministro disse que este assunto tinha sido trazido por causa da campanha, o deputado diz que não, que o “assunto é demasiado grave” e não se pode “deixar passar ao de leve esta matéria”. “É a campanha que abafa estas coisas” e por isso pediu aos jornalistas “que fazem esses fact checks a verificar o procedimento de défices excessivos”.

Perante estes números, Pedro Nuno Santos que o que está em causa “é a credibilidade de um Estado, de um Governo, de uma ministra das Finanças e de um primeiro-ministro. Foram atingidos num importante ativo: a credibilidade”.

Mas esses não eram os únicos números que tinha na mão. Para ler às cerca de duas mil pessoas que estavam no recinto – de acordo com a organização – tinha também os dados do desemprego: “Passos Coelho é mesmo o Michael Phelps do desemprego em Portugal, esse recorde já ninguém lhe tira”.

As eleições estão em contagem decrescente e Pedro Nuno admite que o PS já teve dias melhores: “A nossa tarefa é difícil” e repete que “esta é a batalha das nossas vidas”. No final, terminou com um pedido de mobilização: “Apresentem as sonsagens que quiserem, o PS está na rua como esteve no dia 15 de setembro aquele quase meio mmilhar de portugueses que saiu à rua. Sairão à rua também no dia quatro para mudar Portugal”.

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