A Câmara de Lisboa discute esta quarta-feira, 23 de dezembro, um plano de remodelação para a Segunda Circular, uma das estradas mais movimentadas do país. O plano custa quase 10 milhões de euros e implicará obras durante 10 meses. No final, o objetivo é ter uma via com maior “caráter urbano”, com uma redução de velocidade para 60 quilómetros por hora.

Já no dia 15 de dezembro o Observador tinha adiantado que a Câmara de Lisboa iria avançar com um “projeto de grande ambição” para esta via. O investimento de 10 milhões de euros deve acontecer até 2018 e a proposta do executivo passa por promover alterações no tráfego e intervenções no pavimento e iluminação. O objetivo da redução da velocidade máxima (atualmente é 80 quilómetros por hora) e das outras medidas é reduzir os acidentes, melhorar o trânsito e diminuir a poluição.

Há cerca de uma semana, o presidente da autarquia, Fernando Medina, afirmou na reunião da Assembleia Municipal de Lisboa que aquela estrada “necessita de uma intervenção profunda” e que “enfrenta vários problemas severos”.

Logo nessa altura, o presidente da câmara dizia querer alterar esta situação, propondo “acentuar o caráter urbano” da estrada e negociando com o Governo formas para “que a CRIL [Circular Regional Interna de Lisboa, de Algés a Sacavém] assuma muito mais o seu papel”.

Esta é uma ambição antiga da autarquia: o antigo vereador da Mobilidade de Costa, Nunes da Silva, várias vezes chamou a atenção para o facto de a limitação da velocidade máxima a 70 km/h na CRIL ser pouco atrativa para os condutores, que podem andar a 80 km/h na Segunda Circular. Fernando Medina sugere ainda a criação de acessos diretos ao aeroporto a partir da CRIL, o que, acredita, ajudaria a reduzir o tráfego da Segunda Circular.

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