Afinal, há mesmo greve. A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores em Funções Públicas, afecta à CGTP, vai mesmo avançar com a paralisação agendada para esta sexta-feira, dia 29 de janeiro.

A informação foi confirmada por Ana Avoila, coordenadora da Frente Comum, em conferência de imprensa, após uma audição no Parlamento. “Queremos confirmar que os trabalhadores da função pública vão fazer greve no dia 29 porque nada se alterou que permita que se possa suspender esta greve. Temos um objetivo central que é a reposição imediata das 35 horas” reiterou a sindicalista.

Em causa está o regresso das 35 horas de trabalho semanais. O Governo socialista vai avançar com a medida em julho deste ano, mas CGTP (e também Bloco e PCP) queriam que a alteração tivesse efeitos práticos já em janeiro. Ora, António Costa não cedeu às pretensões de sindicatos e parceiros parlamentares e vai manter o prazo. Para a CGTP, é motivo que baste para manter a greve.

“Além do prazo ser de julho ainda há mais 90 dias para regulamentar a lei”, o que segundo Ana Avoila será feito por contratação colectiva. “Nunca lá chegaremos por contratação colectiva”, atirou a sindicalista.

A coordenadora da Frente Comum, no entanto, admite cancelar a greve se houver outras garantias do Governo na reunião marcada para esta quinta-feira.

Dois dos sindicatos afectos à UGT, por sua vez, já desistiram da greve. Depois da Federação Sindical da Administração Pública (Fesap), também a Federação Nacional da Educação (FNE) decidiu desconvocar a ação de proteste. Ambos admitiram que os sinais demonstrados pelo Executivo são suficientes e “positivos”: a reposição das 35 horas de trabalho semanais vai mesmo para a frente.

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