A CDU de Angela Merkel perdeu para os Verdes em Baden-Württemberg e foi derrotada pelo SPD em Rheinland-Pfalz. Merkel só conseguiu manter o poder em Sachsen-Anhalt. O partido nacionalista AfD subiu.
Os resultados finais das eleições estaduais na Alemanha já são conhecidos, umas eleições em que as políticas relacionadas com os refugiados estiveram em foco. A CDU caiu nas três regiões, em especial em Baden-Württemberg onde teve menos 12%. A queda do SPD também é notória.
O partido de extrema-direita, anti-imigração, AfD (Alternativa para a Alemanha) ganhou terreno nas três eleições regionais. O partido euro-cético obteve 24,2% em Sachsen-Anhalt, 15,1% em Baden-Württemberg e 12,6% em Rhineland-Palatinate.
A líder do AfD, Frauke Petry, diz que os eleitores “esperam de nós, finalmente, que sejamos a oposição que não tem existido no parlamento alemão e em alguns parlamentos estaduais”.
“Nós temos problemas fundamentais na Alemanha, e foi por isso que tivemos este resultado eleitoral”, afirmou Frauke Petry, líder do AfD, em declarações citadas pelo Financial Times.
Eis como se repartem os resultados finais, segundo o Die Welt.
- Em Baden-Württemberg (Bade-Vurtemberga), os Verdes obtiveram 30,3%, a CDU 27,0%, o AfD 15,1%, o SPD 12,7% e o Partido Democrata Livre (FDP) 8,3%.
- Em Rheinland-Pfalz (Renânia-Palatinado), o SPD venceu com 36,2%, a CDU de Merkel teve 31,8%, o AfD 12,6%, o FDP 6,2% e os Verdes 5,3%.
- Em Sachsen-Anhalt (Alta Saxónia), CDU com 29,8% (menos do que na eleição anterior), 24,2% para o AfD, o Die Linke (A Esquerda) conseguiu 16,3%, 10,6% para o SPD, os Verdes com 5,2% e o FDP com 4,9%.
O SPD, parceiro minoritário de Merkel no governo, também não tem muitas razões para sorrir com estes resultados. Em Baden-Württemberg, o terceiro maior dos 16 estados federais da Alemanha, o SPD teve o pior resultado de sempre: 12,7%.
Sigmar Gabriel, líder do SPD, também já reagiu aos resultados pouco animadores para o seu partido. “O centro democrático no nosso país não se tornou mais forte. Tornou-se mais fraco, e penso que todos temos de levar estes resultados a sério“, afirmou Sigmar Gabriel.
Para Angela Merkel, que tem estado sob fortes críticas pela política de fronteiras abertas para os refugiados, trata-se de um resultado preocupante. Isto apesar de não se prever, neste momento, que alguém desafie a liderança da chanceler no partido ou, mesmo, no governo. As próximas eleições gerais são em finais de 2017.
Atualizado com os resultados finais das eleições regionais, às 9 horas de 14 de março