Portugal tem de continuar a implementar as reformas com que se comprometeu se quer continuar a ter a confiança dos mercados, avisa o Mecanismo Europeu de Estabilidade, que diz que a confiança dos mercados nos países se deteriorou a partir de outubro de 2015, altura das eleições legislativas em Portugal.

“Para manter a confiança dos mercados, Portugal tem de implementar as reformas acordadas ao abrigo do Pacto de Estabilidade e Crescimento.” O aviso do fundo de resgate europeu, cuja administração é composta pelos ministros das Finanças da zona euro, não é novo, mas a linguagem sobre as causas é mais direta.

As perspetivas orçamentais desafiantes, juntamente com a recente turbulência no mercado de dívida português, não dá margem para desvios do caminho das reformas. A reversão de algumas reformas implementadas durante o programa irá reduzir a competitividade de Portugal”, diz o fundo.

Segundo o relatório anual do fundo, aprovado esta quinta-feira no Luxemburgo pelos ministros das Finanças, incluindo o de Portugal, a forma como os mercados financeiros olham para Portugal “deteriorou-se desde outubro de 2015 e em especial nos primeiros meses de 2016”.

As razões, diz o MEE, são a instabilidade no sistema bancário, cujas preocupações só têm sido reforçadas, e as suas implicações nas finanças públicas portuguesas, um problema que é potenciado ainda “pela incerteza política que se seguiu às eleições legislativas”

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