O líder do grupo parlamentar do PS na Assembleia da República declarou hoje que o partido não se considera “refém” de nenhuma força política, mas sim dos portugueses e dos compromissos parlamentares e na União Europeia (UE).

“Nós somos reféns dos portugueses, dos nossos compromissos também parlamentares, no plano externo e na União Europeia, onde nos incluímos”, disse Carlos César.

O dirigente falava em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, em conferência de imprensa que visou proceder ao balanço do primeiro ano de trabalho parlamentar desenvolvido pelos deputados socialistas eleitos pelo círculo eleitoral dos Açores para a Assembleia da República.

O presidente do PS considerou que a democracia “comporta, no sentido positivo”, esta “interdependência” e que, da mesma forma que se está dependente de compromissos internacionais, se está dos nacionais, “não só com o PCP, BE ou Os Verdes” mas com a “generalidade dos que estão representados no parlamento e parceiros sociais”.

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Carlos César considerou que a troca de impressões com os diferentes partidos que apoiam o Governo, visando a preparação do OE de 2017, tem decorrido “com normalidade”.

“Encaramos a elaboração do Orçamento do Estado de 2017 na base do desenvolvimento dos acordos que celebramos com esses partidos, na sua execução, dando-lhes continuidade na consolidação das decisões tomadas ao longo deste primeiro ano de atividade do Governo e, naturalmente, no enquadramento das nossas obrigações externas”, declarou.

Carlos César está convicto que o OE de 2017 vai ser aprovado e permitirá consolidar a política de recuperação de “mínimos sociais e de desenvolvimento económico pretendidos”, e, por outro lado, promover a consolidação orçamental, que “não pode deixar de ocorrer simultaneamente”.

O presidente do PS considerou que as recentes intervenções dos líderes dos partidos que têm apoiado o Governo “inserem-se nas opiniões que estes sempre tiveram e terão”, tendo o PS “convivido com essa diversidade de opiniões”.

A deputada Lara Martinho, também eleita para o parlamento nacional pelos Açores, declarou que os açorianos, na área da Saúde deixaram de ser tratados como “estrangeiros e passaram a ser tratados como portugueses”, que se conseguiu eliminar a sobretaxa do IRS, baixar a taxa máxima do IMI, bem como recuperar os rendimentos das famílias e ajudar as empresas.

A parlamentar acentuou que no âmbito da agricultura o PS implementou uma série de medidas com impacto direto nos Açores e que contribuíram para minimizar os problemas que o setor enfrenta.