Cansada de ouvir piadas machistas no trânsito? Ou de lhe azucrinarem a cabeça quando tem de repetir a manobra de estacionamento? Este artigo é para si: eis 20 mulheres que provam que não há sexo fraco ao volante e que não são só os homens a renderem-se à nobreza da mecânica e a viverem a adrenalina das pistas. Elas também.

Ladies (and gentlemen), start your engines: apresentamos pilotos que têm vingado nos desportos motorizados. Com maquilhagem, rímel e batom. Não precisam de saltos altos para subir ao pódio, porque tratam de garantir o seu lugar na cena automobilística, pondo o pé na tábua como alguns homens não se arriscam a fazer.

Se explorar a fotogaleria que preparámos, poderá pensar que estas senhoras saltaram do calendário de uma qualquer oficina para as pistas. Nada mais errado. Não que não reúnam atributos para embelezar os diferentes meses do ano, mas porque muitas delas se limitaram, simplesmente, a trocar a passerelle pelos circuitos. Figuram em diversos rankings (sexiest e hottest) na generalidade das publicações especializadas em automóvel, e algumas já fizeram ousadas produções fotográficas para revistas masculinas, como a Maxim, FHM e, até mesmo, a Payboy. Ou seja, continuam a ser belas, mas são os quilómetros percorridos e o andamento revelado que as colocam entre as novas protagonistas do desporto automóvel.

Cá dentro. As portuguesas que dão que falar

Madalena Antas, filha de Teresa Cupertino, herdou da mãe o gosto pelo todo-o-terreno. Porém, lá fora, a neta do fundador do Banco Português do Atlântico – Arthur Cupertino de Miranda, que nos anos 60 adquiriu uma quinta de 1.600 hectares que hoje conhecemos como Vilamoura – é notícia pelo facto de associar uma beleza quase angelical à paixão pela aventura.

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Amante do todo-o-terreno, Madalena Antas participou no rali Lisboa-Dakar em 2007

A portuguesa lidera rankings de mulheres piloto sensuais, chegando alguns sites a escrever que “a lindíssima Madalena Antas não se importa de lidar com a poeira e com as dunas do deserto” e que, “quando não está a correr em Bajas ou no Dakar, gosta de pintar a óleo e expor as suas curvas nas revistas masculinas”.

Carina Lima é outra das portuguesas em destaque quando o assunto versa sobre senhoras que tratam os carros por “tu”. Luxo, sensualidade e velocidade marcam a vida excêntrica desta piloto, que se divide entre Lisboa e o Mónaco. Aos 37 anos, Carina abandonou o anonimato quando foi notícia pelo facto de ter adquirido um Koenigsegg One:1. Tornou-se assim, na primeira mulher a ter esta máquina sueca, descrita pela própria no Instagram como uma ”máquina incrível” e um carro em que é preciso “tratar com carinho, paixão, amor, tudo…”

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Aos comandos de um Ferrari 430, Carina começou a correr em 2012, no Campeonato de Portugal de GT. Em 2014, participou no Super Trofeo Lamborghini, regressando no ano passado, para vencer a categoria Gallardo AM, numa competição feita por duplas. A portuguesa, que continua a desafiar os limites no Super Trofeo Lamborghini, tem residência em Lisboa.

Lá fora. A polémica Danica

Aos 34 anos de idade, Danica Patrick é, possivelmente, a mulher mais bem-sucedida na história do automobilismo. É, sem dúvida, a mais famosa. Conhecida como a princesa da velocidade, ou Lady NASCAR, Danica foi eleita a atleta mais atraente na lista da Victoria’s Secret “What is Sexy”. Mas a norte-americana tem-se esforçado por provar que é mais do que uma pretty face (cara bonita).

Actualmente piloto do carro n.º 10 da Nature’s Bakery Chevrolet SS, da equipa Stewart-Haas Racing nas NASCAR Sprint Cup Series, Danica surpreendeu o mundo em 2005, liderando 19 voltas e terminando no 4.º posto na sua primeira participação nas 500 Milhas de Indianápolis. Um resultado que fez dela a primeira mulher a liderar voltas e a assinar um top 5 na histórica corrida. Uma semana depois, aparecia na capa da Sports Illustrated, tornando-se na primeira piloto de Fórmula Indy a merecer as honras da primeira página… em 20 anos!

Três anos depois, repetiu a graça. Voltou a ser capa da referida publicação, o que a converteu no quarto piloto (e única mulher nessa condição) a fazer duas capas da Sports Illustrated. Juntou-se, assim, ao clube de Jimmie Johnson, Dale Earnhardt Jr. e Al Unser. E porquê? Porque foi a primeira mulher a triunfar nas IndyCar Series, dominando por completo o circuito japonês Twin Ring Motegi.

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Em 2009, Danica Patrick voltou a fazer das suas: tornou-se a primeira mulher a subir ao pódio nas 500 Milhas de Indianápolis, ao terminar a corrida em 3.º lugar. Anos mais tarde, em 2014, carimbou a sua entrada no selecto clube dos 14 pilotos que conseguiram ser os mais rápidos quer em Daytona 500, quer nas 500 Milhas de Indianápolis.

E, poucos meses depois de Daytona, protagonizou novo feito. A norte-americana fez história ao ser a primeira mulher na grelha de partida numa corrida da Spring Cup, em Martinsville Speedway, no estado da Virginia – um evento que se realiza desde 1949 e onde muitos achavam que ela ia sentir grandes dificuldades. Mas a piloto acabou por arrancar um 12.º lugar.

Palavras para quê? Danica foi a primeira mulher a disputar uma época completa nos 60 anos da NASCAR. É uma máquina nas pistas e uma máquina a fazer dinheiro: apareceu em 13 anúncios da Super Bowl (mais do que qualquer outra celebridade), dá a cara pela Tissot e tem uma fortuna avaliada em 16 milhões de euros.

Ainda assim, as opiniões a seu respeito dividem-se. No YouTube há compilações dos seus acidentes e piadas a seu respeito. E, online, também não faltam críticas corrosivas à sua pessoa.

Fizeram história

Impõe-se, também, mencionar as glórias do passado – mulheres que ficam para a história porque, há muito tempo, derrubaram a fronteira do preconceito e reclamaram um lugar entre os homens. Avive os nomes na sua memória e recorde o que fizeram nesta fotogaleria:

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