O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, encerrou esta terça-feira as jornadas parlamentares do PSD, em Coimbra, a anunciar que nas próximas semanas vão dar entrada na Assembleia da República “mais de 20 propostas” sobre vários setores. O objetivo, disse, é mostrar ao país que o PSD “quer construir uma alternativa política forte e mobilizadora”, que não está preocupado com a “popularidade do dia-a-dia”.
“Queremos construir uma alternativa política forte e mobilizadora, não numa base de popularidade do dia-a-dia mas a pensar no que no futuro pode ser uma sociedade mais justa”, disse o líder parlamentar, que pediu aos deputados da sua bancada para “renovarem o seu empenho” na nova sessão legislativa que arranca esta semana.
Segundo Luís Montenegro, as várias propostas que vão dar entrada na Assembleia da República nas próximas semanas passam pelos vários setores, nomeadamente o sistema eleitoral, a área dos territórios de baixa densidade e coesão territorial, área do arrendamento urbano, voluntariado, educação, saúde, cultura e património, economia e investimento, e ainda assuntos europeus. A ideia, reforçou, é “propor opções concretas para que os portugueses possam perceber a formação de uma outra alternativa política”.
Na segunda-feira, primeiro dia das jornadas em Coimbra, o PSD já tinha afirmado que ia avançar já com uma proposta de alteração à forma de fazer o cadastro territorial das propriedades para ajudar na prevenção dos incêndios.
No balanço sobre as jornadas parlamentares do PSD, Montenegro notou ainda que o PSD não abdicou de defender a redução do défice, mais ainda, que não abdicou de querer ter “superávite”. E defendeu, lembrando a célebre frase do ex-Presidente da República Jorge Sampaio, que “há mais vida para além do défice”. “A redução do défice deve ser feita pelo crescimento da economia, pela redução da dívida, pelo corte das despesas supérfluas da administração” e não “à custa do aumento de impostos ou de cortes cegos”, disse.