O presidente da Mota-Engil, António Mota, afirmou que é preciso investimento público no setor da construção, mas admitiu que ainda não tem confiança para investir em Portugal, preferindo esperar para ver.
“Não tenho”, disse António Mota, depois de ser questionado pelos jornalistas sobre a confiança para investir em Portugal, à margem do XI Congresso dos Revisores Oficiais de Contas.
O presidente da Mota-Engil lembrou que 80% da atividade do grupo é feita a nível internacional, depois da retração dos últimos sete a oito anos nas áreas em que opera, como a construção e os serviços, e está ainda a aguardar pelos investimentos.
“Ainda não vi. O setor da construção parou durante o período do anterior governo. Há indicação que vai retomar em algumas das áreas nomeadamente a ferrovia, esperemos que seja assim”, comentou.
António Mota considerou que o investimento público é necessário para o setor da construção e que é preciso investimento para criar emprego e fazer crescer a economia.
Um problema que se arrasta “há longos anos” e que afeta não só Portugal, mas toda a Europa.
“Europa perde cada vez mais espaço e é preciso recuperar as economias”, sublinhou, acrescentando que apesar da descida dos preços das matérias-primas, a Europa não saiu da crise.
Sobre um eventual aumento do salário mínimo, António Mota disse que o grupo que lidera não seria muito afetado e que pode contribuir para crescer a economia ao melhorar a qualidade de vida.