O Ministério Público acusou cinco homens que integravam uma rede organizada dedicada ao transporte de imigrantes ilegais entre vários países da Europa a troco de avultadas quantias em dinheiro, indicou esta terça-feira a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

A PGDL adianta que os cinco arguidos, que agora vão a julgamento em tribunal coletivo, são acusados de associação de auxílio à imigração ilegal e auxilio à imigração ilegal.

Segundo aquele organismo do Ministério Público (MP), os cinco arguidos, todos paquistaneses e dois deles atualmente com nacionalidade portuguesa, integravam “uma rede organizada de transporte de imigrantes ilegais que abrangia vários países”, sobretudo Portugal e França, mas também a Espanha, Bélgica, Itália, Áustria, Alemanha e Dinamarca.

No âmbito da atividade da organização, os arguidos facilitavam a circulação e permanência de cidadãos estrangeiros em Portugal, fornecendo documentos que permitiam a obtenção de autorização de residência no país sem que preenchessem condições legais.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A PGDL adianta que a atividade da organização decorreu entre 2013 e 2015.

A detenção dos arguidos integrou-se na designada “operação Bouquet”, realizada a nível internacional, com a intervenção da Eurojust, da qual resultou a detenção de vários outras pessoas, designadamente em França.

Três arguidos estão em prisão preventiva, um outro está sujeito à obrigação de se apresentar diariamente à autoridade policial da área de residência e o quinto está a cumprir pena de prisão num processo pendente em Itália.

O inquérito, que o MP classificou de “excecional complexidade”, foi dirigido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, com a coadjuvação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras.