Se é homem e imprevisível, se tende a desviar conversas para temáticas sexuais, se gosta de se vestir de palhaço e tem o cabelo por arranjar, é provável que seja uma daquelas pessoas que faz arrepiar quem passa por perto. Preto no branco, estas são algumas das conclusões de um estudo que pretendeu analisar como é, afinal, uma pessoa arrepiante ou, se quisermos, assustadora.
A pesquisa — conduzida pelo departamento de psicologia da Knox College, nos EUA — teve por base um inquérito online feito a 1341 indivíduos com idades compreendidas entre os 18 e 77 anos, sendo que uma das principais conclusões é a de que os homens são mais facilmente percebidos como pessoas assustadoras do que as mulheres: a percentagem de quem pensa assim é de 95,3%.
Outra ideia extraída dos dados analisados mostram que as mulheres têm uma maior tendência em associar uma conversa de cariz social enquanto característica de alguém assustador. E tendem a considerar, de igual modo, que as pessoas arrepiantes têm interesse sexual nelas.
Comportamento não-verbal pouco usual e características associadas a imprevisibilidade são de igual forma preditores de “creepiness”, ou seja, falamos de alguém com potencial para dar um arrepio na espinha às pessoas com quem se cruza.
O fator profissão também entra na equação: palhaços, taxidermistas (associado à arte de empalhar animais), donos de sex shops e diretores de agências funerárias são as quatro ocupações consideradas mais arrepiantes. No fim da lista que engloba 21 profissões está, talvez sem surpresas, o cargo de meteorologista.
Mais, os participantes no inquérito imaginaram uma pessoa arrepiante como tendo um sorriso peculiar, cabelo desgrenhado e olhos esbugalhados. Além disso, seria alguém capaz de se rir de forma imprevisível, de molhar os lábios com frequência e de vestir roupas estranhas.
O estudo confirmou ainda que as pessoas arrepiantes não mudam e, atenção, que não têm necessariamente más intenções.