Uma petição lançada online pelo calceteiro Fernando Pereira Correia, para elevar a calçada portuguesa a Património Imaterial da Humanidade, somava esta quarta-feira 1.274 assinaturas, de acordo com o sítio do documento, na Internet.

A petição foi lançada no início de outubro, depois de o calceteiro ter apresentado a proposta na Assembleia da República, numa audição na Comissão de Cultura, Comunicação, Juventude e Desporto.

Na altura, contactado pela agência Lusa, Fernando Pereira Correia, calceteiro com mais de 40 anos de profissão, defendeu a calçada portuguesa como um “símbolo nacional de grande valor patrimonial“.

O calceteiro de 53 anos, natural de São João de Tarouca, no distrito de Viseu, indicou que aprendeu o ofício com apenas 13 anos e decidiu tomar esta iniciativa, “por amor à calçada portuguesa“.

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O objetivo é atingir as 5.000 assinaturas, para que a petição possa ser discutida em plenário, no parlamento, disse à Lusa, na altura.

Ainda adolescente frequentou um curso de formação de calceteiros, na Câmara Municipal de Tarouca, depois trabalhou nesta arte como funcionário público, até aos 26 anos, na Câmara Municipal de Loures, altura em que criou a própria empresa.

A calçada portuguesa faz parte da nossa história, por isso a melhor maneira de a valorizarmos seria dar-lhe este título”, sustentou o calceteiro, comentando que, em muitas zonas da capital, “está negligenciada”.