O sexto relatório anual da Ericsson ConsumerLab apresentou as principais tendências de consumo para o ano de 2017 e a Inteligência Artificial (IA) representa um papel importante. No estudo realizado, 35% dos inquiridos querem que esta tecnologia deixe de estar presente, apenas, nos assistentes pessoais e comece a ser utilizada como “conselheiro” no local de trabalho.
O estudo realizado pela Ericsson (The 10 Hot Consumer Trends for 2017 and beyond) envolveu 7138 utilizadores avançados da Internet das cidades de Berlim, Chicago, Jakarta, Johannesburgo, Londres, Cidade do México, Moscovo, Nova Iorque, São Francisco, São Paulo, Shanghai, Sydney, Tokyo e Toronto. Os envolvidos no inquérito tinham idades compreendidas entre os 15 anos e os 69 anos e foram escolhidos por serem utilizadores constantes de gadgets tais como smartwatches, óculos de realidade virtual e dispositivos que monitorizam a atividade física.
Nesta amostra, verificou-se que a IA representa o papel de maior destaque nas tendências, com uma em cada quatro pessoas a querer esta tecnologia “na função de chefia” no local de trabalho. Um fator interessante é que as 10 maiores tendências apontadas para 2017 já são bastante faladas e, ao que tudo indica, vão começar a ganhar ainda mais relevância. Estas são as principais conclusões do relatório:
- Os utilizadores do inquérito querem que a Inteligência Virtual chegue a todo o lado, inclusive às funções de chefia. No entanto, praticamente metade dos utilizadores mostra-se preocupado com o facto de os robôs com IA poderem substituir o ser humano em muitas funções, retirando assim um grande número de empregos.
- O ritmo da Internet das Coisas tem de começar a ser marcado e dois em casa cinco utilizadores acreditam que os smartphones vão conseguir identificar diversos hábitos diários dos utilizadores e começar a efetuar algumas tarefas de forma automática.
- Os carros autónomos serão (certamente) o futuro e os inquiridos parecem concordar. Um em cada quatro sentir-se-ia mais seguro a atravessar a estrada se os carros fossem autónomos. 65% preferia ter um destes carros em vez dos tradicionais.
- Três anos é o limite dado pelos utilizadores para que deixe de ser possível distinguir a Realidade Virtual da realidade física.
- Três em cada dez inquiridos prevê que vão necessitar de comprimidos para o enjoo, já que uma em cada três pessoas fica indisposta quando utiliza um dispositivo de realidade virtual.
- Existe uma maior confiança nos smartphones e isso leva a que as pessoas arrisquem mais com estes dispositivos (na Internet), devido à sensação extra de segurança.
- As redes sociais ganham cada vez mais destaque, chegando a ser o único meio de comunicação e de obter informação utilizado por um em cada três dos utilizadores inquiridos.
- A realidade pessoal aumentada é desejada podendo ajudar a identificar perigos em ambientes mais escuros.
- A privacidade é um tema que gera alguma discórdia uma vez que: dois em cada cinco preferem utilizar apenas serviços encriptados; cerca de metade gostaria de possuir níveis razoáveis de privacidade garantidos em todos os serviços; mais que um em cada três utilizadores acredita que já não existe privacidade quando estamos online.
- Espera-se que a tecnologia avançada chegue a todos de uma maneira mais facilitada, até porque mais que dois em cinco utilizadores avançados da Internet gostariam de obter todos os produtos através das cinco maiores empresas de tecnologia.
Apesar de serem apenas desejos dos utilizadores, é provável que este seja um futuro cada vez mais próximo (e certo).