O défice caiu para 2,5% no final do terceiro trimestre, avança esta sexta-feira o Instituto Nacional de Estatística, que apura o saldo em contabilidade nacional, a que conta para Bruxelas. O saldo está assim dentro do limite imposto pela Comissão Europeia para este ano, à entrada do último trimestre do ano.
Dentro da meta, pouco acima do que espera o Governo. As Contas Nacionais publicadas esta sexta-feira pelo INE trazem boas notícias para o Governo, mostrando um défice perto do objetivo. De acordo com o INE, o défice das administrações públicas nos três primeiros trimestres foi de 3,4 mil milhões de euros, o equivalente a 2,5% do PIB deste período.
A redução é explicada por uma diminuição da despesa em 1,1%, centrada em boa parte na redução do investimento público, que terá caído 28,4%. As despesas de capital, onde se inclui o investimento, caíram 1% do PIB face ao mesmo período do ano passado. A receita também deu uma perninha, aumentando 0,8%, em especial devido ao aumento da receita com impostos indiretos e com contribuições sociais, duas receites que tendem a subir com o crescimento da economia.
O Ministério das Finanças já comentou os dados, dizendo que os números estão “em conformidade com o que tem vindo a ser divulgado mensalmente na síntese da Direção-Geral do Orçamento”, com a despesa a cair “significativamente abaixo do valor anual previsto no Orçamento do Estado de 2016”, e a receita, que cresceu 0,8%, “numa evolução positiva e superior à da despesa.
O gabinete de Mário Centeno aproveita ainda para deixar farpas às instituições internacionais que têm feito previsões mais negativas: “trimestre após trimestre, ultrapassam-se assim as previsões infundadas de algumas instituições nacionais e internacionais e de alguns analistas de mercado. A credibilidade do processo orçamental português sai desta forma reforçada com estes resultados”.
O governo mostra-se ainda confiante, tendo por base já alguma informação relativa ao quatro trimestre, que a economia se encontra num processo de crescimento sustentável.