O Hospital Fernando da Fonseca, mais conhecido por Amadora-Sintra, já ativou a medida de contingência que permite encaminhar doentes transportados pelo INEM para outros hospitais da capital. O mesmo procedimento foi desencadeado, no passado dia 2, por umas horas, pelo Hospital Garcia de Orta, em Almada, noticia, esta sexta-feira, o Diário de Notícias. Ao DN, fonte da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo explicou que a medida, prevista desde novembro, “faz parte do plano de contingência para evitar que urgências que já estejam muito congestionadas entrem em rutura e evitar situações de macas nos corredores”, mas não quantificou as vezes que a medida já foi ativada.
Sempre que algum hospital ativa esta medida, é o próprio Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU), que gere as chamadas dirigidas para o INEM, que trata de reencaminhar logo os doentes para outros hospitais com urgências menos caóticas. Os hospitais que têm dado resposta a estes casos são o Santa Maria e o S. José, como, aliás, tem sido habitual em anos anterior.
A Norte, contactado pelo jornal, o Hospital S. João não tem conhecimento que “de qualquer ativação” do plano de contingência. O plano de contingência foi ativado para fazer face ao aumento da afluência às urgências hospitalares no período de inverno, muito por conta da gripe e outras infeções respiratórias. Nestes últimos dias já se foram registando longas horas de espera em algumas urgências, sobretudo da capital do País, e no caso dos doentes menos urgentes.
De acordo com o último relatório do Instituto Ricardo Jorge, publicado na quinta-feira, na última semana de dezembro, a atividade gripal apresentava uma “intensidade moderada, com tendência estável”, mas “a mortalidade observada por todas as causas” registou “valores acima do esperado”. Por conta da gripe morreram já 11 pessoas, três das quais nessa última semana. De salientar que a estirpe predominante este ano ataca sobretudo pessoas mais idosas e doentes crónicos.