Os veículos comerciais da Renault sempre possuíram uma gama extensa, com capacidades de carga variadas. Mas para quem pretendia adquirir um veículo de trabalho mais amigo do ambiente, as hipóteses tornavam-se menos numerosas e limitavam-se ao Kangoo Z.E. (de Zero Emissions). Isto porque não são muitos os potenciais clientes que conhecem o pequeno Twizy ou o ponderam como alternativa, apesar de este veículo homologado como quadriciclo estar disponível com apenas um lugar, reservando o outro para o transporte de volumes – poucos, é certo. Pois bem, de repente, a marca francesa duplicou o leque de modelos comerciais accionados por motor movido a electricidade.

O Kangoo já existia anteriormente em versão Z.E., mas passa a dispor agora – mais precisamente a partir de Março, no mercado português – de mais argumentos. A começar por uma bateria de maior capacidade (com 33 kWh, que herda do Zoe), o que lhe vai permitir anunciar uma autonomia segundo o ciclo NEDC de 270 km (em vez dos anteriores 170), o que na realidade se pode traduzir pela capacidade de percorrer até 200 km entre recargas. O mais popular comercial da casa francesa passa ainda a usufruir de um carregador de nova geração, de 7 kW, o que assegura uma carga total em apenas 6 horas, ou a possibilidade de percorrer mais 35 km em apenas 60 minutos.

O Master, o imenso furgão onde parece caber este mundo e o outro, passa também a ter uma versão Z.E., alimentado pela mesma bateria de 33 kWh e accionado pelo motor R75, o que lhe confere uma autonomia teórica de 200 km, ou pouco mais de uma centena de quilómetros reais.

A maior novidade na gama de comerciais eléctricos da Renault prende-se pela inclusão do Zoe. Perde os lugares posteriores e, no seu lugar, surge uma zona de carga, mantendo os dois lugares disponíveis à frente, um pouco à semelhança do que acontece com o Clio comercial, mas com emissões poluentes nulas. É uma proposta interessante para os centros das grandes cidades e, especialmente, para as empresas que se queiram associar a uma mensagem ambiental mais responsável. Não é obviamente de descurar o preço reduzido do Zoe e, muito menos, os baixos custos de utilização, sobretudo enquanto a energia que alimenta as suas baterias através dos postos públicos for gratuita.

Em relação ao Twizy, é bem possível que venha a conquistar um maior número de clientes com o alargamento da gama. A sua capacidade de carga pode não ser muita, mas o preço é reduzido e, nas ruas estreitinhas, é claramente imbatível.

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