A justiça e as agências de informação norte-americanas estão a examinar um conjunto de comunicações intercetadas e transações financeiras como parte de uma investigação mais alargada às ligações entre responsáveis russos e elementos ligados à campanha de Donald Trump, incluindo um dos seus diretores de campanha, avança o New York Times.

A notícia, publicada a um dia da tomada de posse de Donald Trump, surge depois de as agências de informação norte-americanas terem dito publicamente que o Governo russo influenciou os resultados a favor de Trump nas eleições de novembro.

De acordo com o jornal norte-americano, que cita responsáveis atuais e ex-responsáveis norte-americanos, estas comunicações que terão sido intercetadas e as transações financeiras fazem da parte da investigação mais alargada que está a ser feita pelo FBI – com o apoio da CIA, da NSA e da unidade de crimes financeiros do Departamento do Tesouro – a ligações entre responsáveis russos e elementos próximos de Donald Trump, entre eles o ex-diretor de campanha de Donald Trump Paul Manafort, que abandonou a campanha precisamente devido às ligações à Rússia.

O jornal, que não divulga o conteúdo das comunicações ou pormenores sobre as transações financeiras sob investigadas, lembra que Donald Trump terá o poder, assim que tomar posse, de redirecionar os esforços das agências ou mesmo mandar parar parte deles.

Uma parte da investigação das agências de segurança centra-se nos negócios entre os elementos próximos de Donald Trump com a Rússia, sendo públicos negócios de pelo menos Paul Manafort na Rússia e na Ucrânia. Agora, segundo o jornal, sabe-se que alguns dos contactos na Rússia destes elementos estavam sob escuta pela NSA.

Haverá pelo mais dois consultores da campanha de Donald Trump, para além de Paul Manafort, cujas ligações à Rússia estão a ser investigadas: Carter Page, empresário e ex-conselheiro para a política externa na campanha, e Roger Stone, um responsável republicano de longa data.

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