Tem sessenta e cinco estações distribuídas por cinco linhas que se estendem, em conjunto, ao longo de quase 110 quilómetros. O metropolitano de São Petersburgo, numa das cidades mais importantes da Rússia, fica 150 metros abaixo da superfície e é um dos sistemas mais profundos do planeta. É assim porque as características geológicas do solo russo tornam os primeiros metros do solo não permitiam construir estações seguras e porque, durante a Guerra Fria, algumas delas serviam de abrigos em caso de um ataque nuclear pelos Estados Unidos.

O metro de São Petersburgo cresce todos os dias. O luxo predomina em algumas das estações metropolitanas russas, que já foram consideradas as mais belas do mundo. Têm candelabros, pinturas clássicas e estátuas junto às entradas das estações. As estações mantêm os ventiladores, filtros e medidores de radiação que foram instalados logo a seguir à II Guerra Mundial, mas todos os dias sofrem obras de ampliação com tuneladoras EPB. As obras começaram em 1941 e ainda não pararam, a fim de servirem as quase 3 milhões de pessoas que precisam do metropolitano todos os dias. Devem cessar em 2025, quando uma nova linha em forma de anel estará pronta.

No entanto, uma explosão num comboio que viajava entre as estações de Sennaya Ploshchad e a da Instituto de Tecnologia, ambas na linha 2 (azul), matou dez pessoas e feriu outras 47. Sennaya Ploshchad, zona de convergência de três linhas de metro de São Petersburgo, funciona desde julho de 1963 e dá acesso à Praça Sennaya, onde antes estava a Igreja da Salvação, demolida para a construção da estação. Esse não era o nome original da estação: até 1999, chamava-se Ploshchad Mira (Praça da Paz), mas o nome foi alterado quando uma parte de cimento do teto caiu e matou sete pessoas.

A estação do Instituto de Tecnologia dá acesso às linhas 1 e 2 e dá acesso a uma região muito próximo à escola. Toda feita de mármore, foi inaugurada em novembro de 1955 e decorada com materiais usadas em experiências científicas da época soviética em homenagem aos avanços tecnológicos conquistados durante a Guerra Fria.

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