Google, YouTube e Olá são as três marcas que os portugueses consideram mais importantes para a sua qualidade de vida, conclui um estudo realizado pelo Havas Media Group. De acordo com as 12 mil pessoas envolvidas neste inquérito online, de todas as faixas etárias e grupos sociais, estas são as empresas de que os portugueses sentiriam mais falta se desaparecessem.

Mais abaixo no pódio estão a Colgate, a Nivea, a Compal, a Mimosa, a Nestlé, a Mercedes e a Danone, consideradas as marcas que os portugueses mais apreciam e com as quais, em alguns casos, convivem há muitos anos. Das 110 marcas sondadas para esta avaliação, 67% podiam desaparecer sem que a maioria das pessoas se importasse.

Ranking das Marcas
1. Google
2. YouTube
3. Olá
4. Colgate
5. Nivea
6. Compal
7. Mimosa
8. Nestlé
9. Mercedes
10. Danone

Desde 2013 que o Havas Media Group pede às populações de 33 países para avaliarem dezenas de marcas com o objetivo de entender como têm evoluído as exigências dos consumidores e como é que as marcas têm respondido a essas exigências. Em Portugal, embora 84% das pessoas concorde que as marcas devem melhorar a sua qualidade de vida, menos de metade (43%) considera que esse objetivo é cumprido. Para Rui Almeida, diretor de Data Insights do Havas Media Group, esse é um cenário “impressionante. É um sintoma de que as marcas não têm correspondido às expetativas dos consumidores”.

E que expetativas são essas? Agora, as pessoas preferem consumir produtos de marcas com “outros propósitos para além do lucro, que queiram fazer diferença no mundo”. Um dos exemplos dados por Rui Almeida é o dos cafés Delta que, embora não invista muito em publicidade – e não surja no ‘top 10’ das marcas do estudo -, é uma marca muito querida pelos portugueses por causa dos valores de defesa da natureza e dos direitos humanos a que se costuma associar.

Cada um dos 12 mil participantes no estudo em Portugal avaliou um máximo de cinco marcas aleatórias de entre 110 (tanto nacionais como internacionais) com base no desempenho dos produtos, da experiência que teve como utilizador desses produtos ou simplesmente do que ouviu dizer sobre ela.

Para cada uma das marcas foram apresentados 50 atributos que deviam ser classificados entre 1 e 7. Esses atributos eram baseados em três áreas: a funcionalidade do produto (o que é, onde está disponível, por quanto pode ser comprado, entre outros critérios…), os benefícios pessoais que traz (o que a marca faz pela pessoa, isto é, se a deixa mais feliz ou se a ajuda a poupar, por exemplo) e os benefícios coletivos (que responsabilidade social tem ou se é um bom empregador, por exemplo). Todos estes dados foram depois analisados para estudar a importância das marcas.

Internet ganha aos setores tradicionais

Internet e media é considerado o setor mais relevante, logo seguido do de Transportes, Alimentação e Bens de Consumo – estes três últimos eram na edição de 2015 os três setores mais relevantes. Tal como em 2015, o setor menos relevante continua a ser o financeiro e de seguros.

Ranking dos setores

1. Internet & Media
2. Transportes
3. Alimentação
4. Bens de consumo
5. Retalho
6. Bebidas
7. Eletrónica e telecomunicações
8. Automóvel
9. Energia
10. Finanças e seguros

Já as áreas de retalho e automóvel ficam abaixo na avaliação dos portugueses. logo seguido dos transportes, alimentação e bens de consumo – estes três últimos eram, em 2015, os três setores mais relevantes.

O Meaningful Brands – que mede a força de marca do Havas Media Group – é o primeiro estudo global que mostra como a qualidade de vida e bem-estar se relacionam com as marcas a nível empresarial. É único, tanto em escala – 1500 marcas e mais de 375 mil pessoas em 33 países – e âmbito. O estudo determina a relevância das marcas junto dos consumidores, bem como o impacto dos benefícios das marcas na sua vida.