Carlos Macedo, ex-ministro dos Assuntos Sociais de Francisco Pinto Balsemão, morreu na manhã deste domingo, aos 80 anos, de problemas cardíacos. Tinha sido operado recentemente ao coração.

Médico neurologista, foi militante e dirigente do PPD desde a fundação do partido em 1974 e era um dos maiores amigos de Sá Carneiro, que costumava passar férias com a família na sua quinta em Coimbra, de onde era natural. Deixou de exercer medicina com a intensidade da atividade política, mas depois ainda havia de dirigir hospitais como, por exemplo, o Hospital de Santa Cruz e o Hospital de Santarém.

Quando Sá Carneiro viajou com Adelino Amaro da Costa e os restantes ocupantes no fatídico Cessna em dezembro de 1980, Carlos Macedo era para ter sido um dos ocupantes. Mas o primeiro-ministro tinha-lhe pedido para ir acompanhar o candidato presidencial Soares Carneiro a um comício, recorda ao Observador a filha, Vera Macedo Caçorino.

Com uma personalidade forte, chegou a ser dado como possível candidato à liderança do PSD na sucessão de Pinto Balsemão, de cujo Governo saiu em rutura. Havia de abandonar o PSD no tempo de Cavaco Silva, depois de ter escrito um artigo no semanário O Independente a criticar a então ministra da Saúde, Leonor Beleza, e o ex-secretário de Estado Costa Freire, envolvido num dos primeiros grandes escândalos políticos da democracia.

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