Segundo noticia a agência Reuters, a indústria automóvel britânica terá apresentado à primeira-ministra uma lista de exigências relativamente ao Brexit, destinadas a garantir a sua viabilidade após a saída do Reino Unido da União Europeia. A oportunidade foi aproveitada pela SMMT (a associação britânica do sector automóvel) também para fazer saber a Theresa May que um eventual “Hard Brexit”, e o consequente regresso do Reino Unido à Organização Mundial do Comércio (OMC), poderá causar danos irreversíveis ao sector.

Em causa estará a necessidade de o Reino Unido continuar a garantir o direito de homologar novos modelos para utilização no espaço europeu, não estar sujeito a taxas alfandegárias e aceder aos acordos comerciais estabelecidos entre a União Europeia e outros países, nomeadamente o Japão (um dos maiores investidores do sector no território).

A nossa principal preocupação é que, dentro de dois anos, caiamos num precipício – sem acordo, fora do mercado único e da união alfandegária, e negociando ao abrigo dos termos menos vantajosos da OMC”, declarou o líder da SMMT, Mike Hawes.

Apesar das previsões de uma produção recorde para o final da década, a indústria automóvel britânica teme que as taxas alfandegárias e a perda do acesso ao seu principal mercado de exportação se reflictam de forma definitiva no investimento, acabando por pôr em causa a viabilidade das próprias fábricas. É que, segundo as regras da OMC para o comércio no interior da Europa, a saída do Reino Unido do mercado único poderá implicar o pagamento de uma taxa de 10% sobre as exportações, e de cerca de 4% na importação de componentes.

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