Depois da polémica internacional gerada à volta de Donald Trump e da construção do muro entre os EUA e o México, surge uma nova controvérsia mais a sul.

Tem um quilómetro de comprimento e apenas alguns metros de altura, mas é o suficiente para deixar os Peruanos pouco contentes. O Equador iniciou a construção de um muro nas últimas semanas, paralelo ao canal de Zarumilla, no valor de cerca de quatro milhões de euros. A edificação da estrutura parte de um plano de regeneração urbana das Huaquillas e, segundo o Equador, vai servir para estancar o contrabando e precaver inundações, escreve a Reuters.

Lima exigiu a paralização das obras no passado dia 5 de junho, afirmando que “tem um impacto negativo na integração fronteiriça”. Porém, Cristian Bravo, professor na Universidade Internacional do Equador disse, segundo o El Confidencial, que “a construção não deve ser vista como uma forma de divisão”, acrescentando que “as principais queixas surgem por parte dos comerciantes da zona, que começaram a sentir o impacto nos seus negócios”.

O Governo do Equador construiu um muro, apesar dos inúmeros pedidos feitos pelo Peru para parar a edificação”, disse o Ministro dos Negócios Estrangeiros Peruano.

A recusa de paragem levou a que o embaixador do Peru em Quito fosse chamado e que alguns diplomatas peruanos se reunissem para dar resposta ao problema.

O Peru protestou, dizendo que é uma violação do Acordo de Brasília, um tratado de paz dos dois países de 1998. Relembre-se que estes estiveram em guerra há 22 anos, precisamente pela demarcação de uma fronteira comum entre os estados.

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