Três explosões foram ouvidas num prédio situado no bairro de Alfama, em Lisboa, ao fim da tarde de domingo. Um jornalista do Observador no local confirmou que os bombeiros estiveram a combater o incêndio que deflagrou em seguida e que um forte cheiro a gás se mantinha na Rua dos Remédios, onde ocorreram as explosões. Há seis feridos a registar, entre os quais dois funcionários da companhia de gás que estava a proceder a reparações, e dois encontram-se em estado grave.
Citado pela Lusa, o vereador responsável pelo pelouro da segurança e proteção civil da Câmara de Lisboa, Carlos Castro, revelou que os feridos estavam todos dentro do edifício e que alguns são estrangeiros. A explosão fez também sete desalojados, havendo o perigo de a fachada do prédio ruir, disse Carlos Castro aos jornalistas no local, pouco depois das 21h00. “Sete pessoas estão desalojadas, mas já estão devidamente acompanhadas”, afirmou. Não são ainda conhecidas as causas da explosão, acrescentou.
O interior do edifício, que tem quatro pisos, esteve em chamas e apresenta sinais claros de destruição. No local estiveram várias viaturas de bombeiros e pelo menos três ambulâncias do INEM. Segundo testemunhas no local, o gás foi cortado nos prédios adjacentes. As explosões terão sido bastante fortes, segundo o testemunho de moradores, e alguns objetos foram projetados para o outro lado da rua.
O primeiro andar do prédio era habitado e o morador afirmou à SIC Notícias que o cheiro a gás era usual na rua em causa pelo menos desde há seis meses. No momento em que as explosões ocorreram, o andar habitado estava vazio. Os restantes pisos do edifício eram destinados a alojamento local.
Em declarações à agência Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Miguel Coelho, adiantou que o alerta foi dado cerca das 19h30, após uma “fuga de gás” que provocou “duas fortes explosões”, desconhecendo, para já, mais pormenores. Do outro lado da rua, uma senhora cuja habitação ficou sem janelas devido ao impacto das explosões, disse ao Observador que, antes da primeira deflagração se ouviu “um longo som, como um assobio, e logo depois uma enorme explosão que abanou o prédio todo”.
A RTP avançou que, durante a manhã desta segunda-feira, membros da Proteção Civil se vão deslocar ao local para fazer a avaliação e as peritagens necessárias. Carlos Castro afirmou que há perigo da fachada ruir e que é necessário verificar se os prédios ao lado também estão em perigo.
A Rua dos Remédios está cortada, com polícias municipais presentes para evitar a circulação na zona.
— João Santos Costa (@joaohscosta) August 13, 2017
Artigo atualizado às 8h19