O Presidente chinês defendeu, na sexta-feira, o marxismo como ideologia ideal para manter “a alma” do Partido Comunista da China, a menos de três semanas do XIX Congresso da formação, em que são esperadas alterações na cúpula do regime.

“Se nos desviamos ou abandonamos o marxismo, o nosso partido perderia a sua alma e direção”, disse Xi Jinping na noite de sexta-feira, durante um encontro entre os membros do Politburo do Comité Central do Partido Comunista da China (PCC), segundo a agência estatal chinesa Xinhua.

“Sobre a defesa do papel orientador do marxismo, devemos manter uma resolução inquebrável, não vacilar nunca, em nenhum momento nem em nenhuma circunstância”

O também secretário-geral do Comité Central do Partido afirmou que “o PCC deveria integrar melhor os princípios do marxismo com a realidade da China contemporânea” e insistiu que está a “aprender com os feitos de outras civilizações” para se desenvolver ainda mais.

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Xi afirmou que a ideologia marxista “demonstrou uma grande força e vitalidade” e destacou o seu “papel insubstituível para ajudar as pessoas a compreender e transformar o mundo, bem como promover o progresso social”. O líder da segunda economia mundial reiterou o seu apoio ao “socialismo com características chinesas” como o modelo ideal para definir o sistema com o qual quer dirigir a China atual.

Xi deixou também elogios aos 2.287 delegados ao Congresso do partido, que começa a 18 de outubro.

Os delegados vão representar 89 milhões de membros do PCC de todo o país, vindos de setores como defesa, economia, ciência, educação, saúde ou desporto.