Um autocarro a hidrogénio que vai chegar já em 2018, bem a tempo de ter 100 unidades a circular na área metropolitana de Tóquio antes dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2020; e um familiar topo de gama eléctrico a anunciar 1.000 km de autonomia. Será com estes dois protótipos que a Toyota se apresentará no Salão Automóvel de Tóquio, a decorrer de 27 de Outubro a 5 de Novembro, demonstrando assim os resultados do seu trabalho e da aposta no domínio da célula de combustível (fuel cell) a hidrogénio.
Ainda que ambos os concepts prenunciem uma era de baixo carbono, centremo-nos que interessará mais ao consumidor – o ligeiro de passageiros. Chama-se Toyota Fine-Comfort Ride e destaca-se pelo seu peculiar formato, com um habitáculo em forma de diamante, que estreita na zona posterior. Ou seja, dimensões mais generosas na secção frontal e ao centro, para maximizar o espaço na segunda fila de bancos, segundo o construtor nipónico.
Este protótipo eléctrico, capaz de acomodar seis ocupantes, mede 4.830 mm de comprimento e 3.450 mm de distância entre eixos, com a largura a ser de 1.950 mm e a altura de 1.650 mm. Como é que tudo isto resulta esteticamente? Cada um avaliará por si – afinal, gostos não se discutem. O que também não se discute é que o Toyota Fine-Comfort Ride exibe um design invulgar (no mínimo), algo futurista.
Mais cativante serão, contudo, os predicados reclamados por este concept. Nomeadamente no que diz respeito ao seu alcance. Sem entrar em detalhes, a Toyota limita-se a anunciar que este eléctrico alimentado por célula de combustível a hidrogénio será capaz de uma autonomia de 1000 km (no ciclo de testes padrão no Japão, o JC08), com a operação de reabastecimento de hidrogénio a não levar mais que 3 minutos.
Quanto ao interior, está em linha com o esperado da mobilidade do futuro: assentos ajustáveis às necessidades do momento e ecrãs que permitem ao condutor e ocupantes acederem a uma série de informações.
Já o autocarro conta com o mesmo sistema de pilha de combustível que foi desenvolvido para o Mirai, tendo sido, de acordo com a Toyota, adaptado para oferecer um ainda melhor rendimento ambiental, sem emissões de C02 ou de substâncias nocivas. Chama-se Sora, as iniciais de Sky, Ocean, River, Air, denominação que pretende assim representar o ciclo da água.