Portugal está na mira das gigantes tecnológicas. A par de muitas outras empresas, a Amazon poderá ser a próxima a anunciar um investimento no país. A sua chegada pode mesmo ser oficializada até ao final do primeiro trimestre, avança o Jornal de Negócios, e o Porto está na lista de preferências para instalar a retalhista online, que já desde 2016 dava sinais de querer avançar para o mercado português.

A Câmara do Porto já admitiu que “estão a decorrer conversações” com a Amazon no sentido da eventual instalação na cidade de um espaço daquela empresa norte-americana de comércio eletrónico.

“Existem conversações que de facto estão a decorrer entre a Câmara do Porto e a Amazon, mas, neste momento, não manifestamos mais nenhuma reação que não seja essa”, respondeu o gabinete de comunicação da autarquia à Lusa.

O interesse da tecnológica por Portugal não é recente. Há muito que vem dando sinais de querer aproximar-se do país. Em agosto passado, o Diário de Notícias dava conta de uma nota do CaixaBI que elevava a possibilidade da entrada da Amazon em Portugal num curto prazo. A verdade é que apesar de os portugueses podem fazer compras na plataforma online, a gigante não tem presença direta em Portugal. Por exemplo, enquanto na vizinha Espanha existe uma oferta direcionada — através do endereço Amazon.es –, em Portugal isso ainda não acontece. Aliás o Amazon.pt redireciona automaticamente os utilizadores para o endereço espanhol.

Já em 2016, a empresa deu o primeiro passo para contornar estas questões, lançando uma nova ferramenta — o Marketplace — para que pequenas e médias empresas pudessem disponibilizar os seus produtos em sites da Amazon em Espanha, Reino Unido, Alemanha, França e Itália. E, mais recentemente, em março de 2017, em parceria com a Repsol, a empresa fundada por Jeff Bezos possibilitou a entrega de encomendas feitas através da plataforma num dos postos da retalhista de combustíveis na Península Ibérica — era um sinal de abertura de porta às empresas nacionais que pretendia medir o interesse dos consumidores portugueses.

Oito meses depois, a Amazon anunciou que “os clientes portugueses podem agora receber gratuitamente milhões de produtos diretamente vendidos ou expedidos pela Amazon.es. A partir de hoje, a Amazon.es eliminará os custos das entregas ‘standard’ para Portugal em encomendas superiores a 29 euros”, numa nota dirigida especificamente a Portugal. Esta decisão poderá ter sido uma forma de a empresa recolher mais informação sobre o interesse dos portugueses no site da retalhista, nomeadamente quais os produtos mais procurados. Agora, é esperar que o Amazon.pt chegue ao mercado nacional.

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