Estes são os nomes daquela que será a primeira direção de bancada do PSD de Rui Rio. O candidato a líder parlamentar, Fernando Negrão, vai ter a companhia de seis vice-presidentes: Adão Silva e António Leitão Amaro (os únicos vice-presidentes que transitam da anterior direção), Carlos Peixoto (líder distrital da Guarda), Margarida Mano (antiga ministra da Educação e Ciência no Governo-relâmpago de Passos Coelho), Rubina Berardo (deputada eleita pelo círculo da Madeira), Emídio Guerreiro (antigo secretário de Estado do Desporto e da Juventude) e António Costa Silva (o coordenador do Grupo Parlamentar para a área da Economia).
A lista foi entregue até às 18h00 desta terça-feira e as eleições decorrem na quinta-feira, 20 de fevereiro. Como tem sido noticiado nos últimos dias, os membros da direção passam de 12 para sete vice-presidentes.
Fernando Negrão é o único candidato, mas vai enfrentar uma eleição difícil, uma vez que substitui um líder com 85% dos votos e que tem um grande apoio dos deputados que lidera. Fernando Negrão disse ao Observador durante o Congresso que a base de partida para aceitar o cargo são os 50% + 1. Ou seja, quer ter mais de metade dos deputados a votar a favor da sua lista. Fernando Negrão foi diretor-geral da Polícia Judiciária e presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência. Fernando Negrão foi ministro da Segurança Social, da Família e da Criança no Governo de Santa Lopes e ministro da Justiça no Governo-relâmpago de Passos Coelho. Em 2015, foi o candidato do PSD à presidência da Assembleia da República, mas perdeu para Ferro Rodrigues, que beneficiou do “efeito geringonça”.
Adão Silva é um nome que chegou a ser apontado para a liderança da bancada. Já era vice-presidente da bancada parlamentar com Hugo Soares e também o tinha sido no tempo da liderança de Luís Montenegro. É deputado desde 1987 e apoiou Rui Rio nas eleições diretas.
António Costa Silva é dos deputados mais anónimos da nova direção do PSD, mas já era o coordenador do Grupo Parlamentar de Economia.
António Leitão Amaro também era vice-presidente de Hugo Soares e foi, a par de Adão Silva, um dos dois dirigentes da bancada do PSD que apoiou Rui Rio nas eleições diretas.
Carlos Peixoto é líder da distrital da Guarda e foi um dos primeiros líderes distritais a declarar apoio a Rui Rio. O deputado do PSD chegou a estar envolvido num caso polémico por ter escrito um artigo no jornal i em que falou utilizou o termo “peste grisalha” para se referir ao envelhecimento da população portuguesa.
Emídio Guerreiro já foi secretário de Estado da Juventude e do Desporto. Chegou a ser apontado como hipótese de vice-presidente da direção de Rui Rio, o que não se verificou.
Margarida Mano foi colega de Governo de Fernando Negrão, num Executivo que durou 27 dias. Nesse curto período de tempo foi ministra da Educação e da Ciência.
Rubina Berardo é deputada eleita pelo círculo da Madeira e sempre foi desalinhada com a direção de Passos Coelho. Integrou, por exemplo, o movimento “Portugal Não Pode Esperar” do antigo líder da JSD, Pedro Rodrigues. Rubina também foi ativa na JSD/Madeira, estrutura a que se chegou a candidatar, mas perdeu as eleições.
Atualizado com informações sobre os novos vice-presidentes às 18h17.