A circulação está interrompida na linha de Cascais desde as 15h50, depois de um comboio da CP ter sido obrigado a parar perto da estação de Algés, no sentido Cascais-Lisboa. A explicação avançada aos passageiros foi de que se tinha partido um carril.
A circulação só deverá retomar por volta das 20h, segundo informações dadas aos passageiros no local ao fim de mais de uma hora.
Cerca de 20 minutos depois de ter sido anunciada a avaria, as portas de algumas carruagens abriram-se e muitos passageiros optaram por saltar para a linha – numa altura de cerca de dois metros. Ao Observador, a CP confirmou que o comboio parou devido a “uma deficiência na via”, mas negou que tenham sido os maquinistas a dar ordens para abrir as portas.
Várias pessoas permaneceram no interior do veículo com medo de que o comboio entrasse em andamento quando saltassem. As queixas gerais eram de que havia pouca informação: “não há aqui ninguém para nos dizer o que quer que seja”, queixou-se uma passageira depois de estar há cerca de meia hora dentro do comboio parado.
Até a situação ficar normalizada, os comboios da linha Cascais-Lisboa vão recuar a Caxias e “vão circular em sistema de via única”, ou seja, de forma alternada, explica a CP. Uma situação que vai obrigar à supressão dos comboios mais curtos (Oeiras-Lisboa) e a atrasos na circulação nos dois sentidos.
Perto das 17h30, os passageiros que ainda esperavam nas carruagens acabaram por descer. Neste momento, as portas já estavam abertas para os dois lados, incluindo para a outra linha, onde continuavam a circular comboios no sentido contrário, Cais do Sodré-Cascais.
“Depois viemos pela estrada, com os automóveis a passar nas duas faixas, e quando chegámos à estação de Algés tivemos de trepar uma rede”, descreveu uma passageira ao Observador, lamentando a falta de apoio prestada aos passageiros.
Entretanto, a circulação nas duas vias da Linha de Cascais foi retomada, mas a circulação ainda não foi totalmente normalizada de imediato. A via que estava encerrada foi reaberta por volta das seis da tarde.