O Presidente russo Vladimir Putin considerou hoje a abordagem do seu homólogo ucraniano na resolução da crise no país “correta no seu conjunto”, mas defendeu que o primeiro passo deverá ser o fim da operação do exército.
“No seu conjunto a abordagem pareceu-me correta, agradou-me”, declarou Putin em declarações transmitidas à televisão russa a partir de França, onde se reuniu com Poroshenko à margem das celebrações do 70.º aniversário do desembarque aliado na Normandia, na fase final da Segunda Guerra Mundial.
“A Ucrânia deverá demonstrar a sua boa vontade. A operação repressiva deve terminar”, acrescentou.
Em paralelo, e em declarações à televisão ucraniana, Poroshenko considerou que o início do diálogo com a Rússia tem “boas hipóteses” de sucesso.
“O diálogo começou, e isso é bom”, assinalou. “Um representante da Rússia vai deslocar-se à Ucrânia e vamos discutir os primeiros passos para um plano [para solucionar] a situação. Temos uma boa hipótese de o aplicar”, adiantou o chede de Estado ucraniano, que amanhã é empossado pelo parlamento de Kiev, também na presença do embaixador russo.
Nas suas declarações, Putin também sugeriu que os dois vizinhos estavam “próximos de um acordo” sobre o abastecimento de gás à Ucrânia, apesar de precisar que a questão não foi abordada durante o encontro, que se prolongou por 15 minutos.
“Não falámos do preço do gás com Poroshenko mas sei que a Gazprom e o seu parceiro ucraniano estão próximos de um acordo definitivo”, assegurou.
“Não excluímos a adoção de medidas positivas, de apoiar os ucranianos neste caso, desde que obviamente paguem a sua dívida”, frisou ainda.