O Instituto Nacional de Estatística (INE) anunciou, nesta segunda-feira, que a economia portuguesa registou uma contração de 0,6% durante o primeiro trimestre de 2014, quando o desempenho é comparado com os três meses imediatamente anteriores. O número é mais positivo, em 0,1 pontos percentuais, do que aquele que o INE divulgou na estimativa rápida divulgada a 15 de maio, mas contrasta com o crescimento de 0,5% que caracterizou a evolução durante o quarto trimestre de 2013.
Quando medido pela variação homóloga, o produto interno bruto cresceu 1,3%, o que representa um ligeiro abrandamento em comparação com o período que decorreu entre outubro e dezembro do ano passado, mas que corresponde a uma melhoria de uma décima em relação à primeira estimativa. O INE explica o comportamento da economia com a contribuição negativa da procura externa líquida, resultado de um arrefecimento das exportações e do aumento das importações durante o primeiro trimestre de 2014.
Investimento cresceu 12,2% durante o primeiro trimestre de 2014, quando comparado com o mesmo período do ano anterior.
O Instituto assinala que o contributo da procura externa líquida na evolução homóloga do PIB foi negativo em 1,6 pontos percentuais, quando, no último trimestre do ano anterior, tinha fornecido um impulso positivo de um ponto percentual. E sublinha que não se registava uma situação como esta desde o segundo trimestre de 2010. Quanto à procura interna, acelerou de janeiro a março deste ano, ao crescer 2,9% em relação ao mesmo período de 2013, com o investimento a aumentar 12,2%.
O consumo privado também acelerou. Passou de um ritmo de crescimento homólogo de 0,6% no derradeiro trimestre de 2013 para um aumento de 1,5% de janeiro a março deste ano. Este comportamento fica a dever-se ao crescimento das despesas de consumo em bens duradouros, que se fixou em 17% na comparação com o primeiro trimestre de 2013, rubrica em que pesa o aumento das vendas de automóveis.