O presidente do Eurogrupo afirmou nesta quinta-feira que a decisão do Governo português de abdicar da última tranche do empréstimo da ‘troika’ é “uma decisão soberana”, perante “uma liquidez confortável e uma melhoria significativa no acesso aos mercados financeiros”.

“O presidente do Eurogrupo tomou boa nota desta decisão, que é uma decisão soberana e que cabe ao Governo português. É tomada à luz de uma posição de liquidez confortável e perante uma melhoria significativa no acesso aos mercados financeiros. O mais importante foi a reafirmação do compromisso de que Portugal manterá o caminho das reformas”, afirmou, numa nota enviada à agência Lusa, a porta-voz de Jeroen Dijsselbloem, que chefia o grupo de países que partilham a moeda única.

A ministra das Finanças anunciou hoje que o Governo abdicou de “receber o último reembolso do empréstimo” por não querer solicitar “uma nova extensão que reabrisse o programa com a ‘troika'”, em conferência de imprensa, no final do Conselho de Ministros.

Invocando uma “questão de calendário” relacionada com a apreciação de normas orçamentais pelo Tribunal Constitucional, Maria Luís Albuquerque afirmou que “aquilo que o Governo decidiu não foi prescindir da ‘tranche’, mas “não tomar medidas até ao final deste mês e não pedir uma extensão” e “o não recebimento da tranche é uma consequência destas decisões”.

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