Perto de 300 médicos fizeram greve esta terça-feira de manhã no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, tendo-se verificado problemas na área cirúrgica, em particular na especialidade de anestesiologia, que teve uma adesão de 68%.

Os dados foram avançados pelo presidente do conselho de administração do maior hospital do país, Carlos Martins, que revelou ainda que no bloco central da unidade não se realizaram 12 cirurgias.

Quanto à adesão à greve, o responsável especificou que estavam escalados 873 médicos, pelo que os 280 que fizeram greve, correspondem a pouco mais de 32%, o que permite que as consultas funcionem com relativa normalidade e que vários serviços tenham a produção a 100%.

Hoje é o primeiro de dois dias de greve de médicos, a segunda que o ministro Paulo Macedo enfrenta em dois anos.

Ao contrário da greve de 2012, a atual paralisação não terá a participação do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que, no dia em que foi anunciada esta forma de luta, explicou que não aderia.

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O protesto, que começou às 00:00 de hoje e decorre até às 24h de quarta-feira, foi convocado pela Federação Nacional dos Médicos (FNAM) e conta com o apoio da Ordem, de várias associações do setor e também de pensionistas e doentes.

A publicação do código de conduta ética, a que os médicos chamam “lei da rolha”, a reforma hospitalar, o encerramento e desmantelamento de serviços, a falta de profissionais e de materiais e a atribuição de competências aos médicos para as quais não estão habilitados são os principais motivos na base da convocação desta greve.