Na prática, a imaginação é o limite. Pense num objeto que gostasse de ter, desenhe-o num computador, carregue uma bobine de plástico na impressora e clique em “imprimir”. Quanto maior ou mais complexo for esse objeto, maior o número de passos que terão de ser dados: se for muito grande ou complexo terá de o imprimir por partes e uni-las depois. E se imaginar um sólido com mais que uma cor, terá igualmente de imprimir em tempos diferentes, já que as bobines de plástico são usadas uma de cada vez.

Mas se não considerar estes inconvenientes, pense que o que conta é a capacidade criativa e a competência técnica para o fazer. Olaf Diegel, professor de mecatrónica na Universidade de Massey (Nova Zelândia), especializou-se em desenhar e imprimir a base estrutural de instrumentos musicais tais como baterias, pianos e guitarras (veja a fotogaleria). Mas uma coisa é um objeto que serve de base para um instrumento, tal como o corpo de uma guitarra em cima do qual se instala um braço e as cordas, outra é imprimir um instrumento completo. E Olaf Diegel não fez a coisa por menos: imprimiu um saxofone… pronto a tocar.

Imprimir em três dimensões já não é novidade, são cada vez mais as marcas que disponibilizam impressoras para uso doméstico, dispositivos do tamanho de uma pequena mala de viagem. Os preços ainda não são para todas as bolsas, mas já é possível adquirir uma impressora 3D por dois mil euros. A limitação óbvia destes dispositivos é o tamanho dos objetos que imprime. Impressoras capazes de produzir modelos de borracha em vez de plástico aumentam ainda mais a diversidade do que a imaginação pode criar. E esta tecnologia não se aplica apenas a objetos decorativos ou utilitários simples: o mesmo princípio está já a ser utilizado para fazer próteses e, no futuro, poderão ser assim produzidos órgãos humanos.

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