As exportações aumentaram 8% em junho, depois de três meses consecutivos a cair, mas ficaram mesmo assim abaixo das importações, que tiveram um acréscimo de 9,6%, indicam as estatísticas do comércio internacional. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a recuperação das exportações resultou da evolução registada na venda de bens no espaço comunitário, que subiu 8,8%, para 3.047 milhões de euros, destacando-se as categorias de combustíveis minerais, vestuário e máquinas e aparelhos.

O comércio extra-União Europeia (UE) cresceu 5,9%, para 1.197 milhões de euros, devido essencialmente aos combustíveis minerais e veículos e outro material de transporte, nomeadamente automóveis.

No que respeita às importações, registou-se um aumento de 6,6% na compra de bens a países da UE (num total de 3.596 milhões de euros), designadamente veículos e máquinas, e de 18% a países extra-UE, alcançando 1.438 milhões de euros, em resultado da aquisição de combustíveis minerais, bem como veículos e outro material de transporte, em especial aviões e outros veículos aéreos.

Em termos mensais, em junho de 2014, as exportações aumentaram 3,8% face ao mês anterior, enquanto as importações progrediram 1,4%. No total, ente janeiro e junho, o valor das exportações atingiu 43.379 milhões de euros, cerca do dobro das importações (23.923 milhões de euros).

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No segundo trimestre de 2014, as exportações diminuíram 0,4%, enquanto a compra de bens ao estrangeiro aumentou 1,3%, face ao período homólogo, refletindo-se num aumento de 236,2 milhões de euros do défice da balança comercial.

Para a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), o “dinamismo” de junho contribuiu “para inverter a tendência descendente em termos acumulados que se verificava desde fevereiro”, e aproximou “o resultado acumulado no ano à perspetiva de uma subida anual de 1,2% das exportações de bens em 2014”.

A AICEP acrescenta, em comunicado, que, em 2014, as exportações totais (de bens e serviços) deverão registar “uma evolução positiva, mas com um abrandamento do crescimento dentro do que tem sido projetado pelas instituições especialistas na matéria, quer interna, quer externamente (como o Banco de Portugal, a Comissão Europeia ou a OCDE, por exemplo)”.