Quanto acha que poderia custar um conjunto Lego descontinuado que viesse na caixa original ainda por abrir? Se fosse a Estátua da Liberdade com 2.899 peças, poderia chegar ao 10 mil dólares (cerca de 7.500 euros), segundo o Telegraph. Os preços a que podem chegar alguns conjuntos Lego tem tornado as vendas online lucrativas e potenciado o mercado negro, criando também uma nova forma criminalidade – ladrões de Lego. Além disso, é praticamente impossível seguir o produto roubado.
A marca criada em 1932 pelo dinamarquês Ole Kirk Kristiansen tem nos pequenos tijolos coloridos o seu produto mais importante, mas nos últimos anos tem-se dedicado a recriar filmes como o Star Wars ou o Harry Potter, e a aceitar novas ideias como a coleção das mulheres na ciência, recém-lançada. As novas coleções podem atingir valores elevados e têm desencadeado roubos em países como Estados Unidos, Austrália ou Reino Unido. Mesmo à saída das lojas, as edições especiais, como a Tower Bridge de Londres ou o Regresso de Jedi, podem chegar aos 249 dólares (188 euros).
No último mês os roubos em Nova Iorque e Arizona ascenderam aos 300 mil dólares (cerca de 227 mil euros), segundo a polícia norte-americana – 200 mil dólares em Legos na casa de um quarteto que assaltava lojas de brinquedos, outros 60 mil dólares na casa de uma senhora de 53 anos que tentava vender Legos roubados no eBay. O valor dos Legos é de tal forma reconhecido que um traficante de Amsterdão os aceita como forma de pagamento.
E nem o vice-presidente de uma empresa de software instalada na Silicon Valley resistiu à tentação. Thomas Langenbach foi preso em 2013 por faturar 30 mil dólares no eBay – nas lojas trocava os códigos de barras dos conjuntos colecionáveis por códigos de artigos mais baratos que imprimia em casa e depois vendia-os online. Quando foi preso, a casa revistada foi descrita como uma “Legolândia”.
