Em cinco dias, a caixa de correio eletrónico criada pelo Ministério da Educação para a denúncia de praxes abusivas recebeu 32 queixas, das quais 18 estão já a ser investigadas pelas instituições de ensino superior onde terão ocorrido, noticia o Diário de Notícias deste domingo.

O Governo lançou, no início deste ano letivo, uma campanha cujo objetivo é travar as “praxes humilhantes e vexatórias”. Para tal, além da criação do endereço de e-mail, o ministério distribuiu folhetos e recomendações pelas universidades e institutos politécnicos onde os alunos são informados de que a participação nas praxes é totalmente voluntária.

De acordo com o Executivo, das 32 queixas recebidas, 14 não serão investigadas por não se enquadrarem no âmbito da campanha ministerial, mas as outras 18 “estão a ser acompanhadas”, num esforço que é elogiado pelos reitores e olhado com desconfiança pelos alunos. O presidente da Associação Académica de Lisboa, Diogo Duarte, disse ao DN acreditar que, se não houve mais situações de praxes abusivas na primeira semana do ano, foi porque as condições meteorológicas não o permitiram.

“A chuva foi uma bênção. Impediu que se saísse para a rua para brincadeiras mais ousadas, sendo os estudantes forçados a conviver debaixo de telha”, disse, acusando ainda o ministério de “show off”. O endereço de e-mail para denunciar situações anormais durante as praxes académicas é praxesabusivas@mec.gov.pt .

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