Dilma Rousseff lidera as intenções de voto nas cinco regiões do Brasil, enquanto Marina Silva continua a perder apoios. A análise do Datafolha mostra que é no nordeste que a atual presidente brasileira tem uma vantagem maior, em relação aos seus principais opositores eleitorais: 56% para a candidata do Partido dos Trabalhadores (PT), 24% para Marina Silva, do Partido Socialista Brasileiro (PSB) e 9% para Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Em comparação à sondagem anterior, é Marina quem mais perde. Registou fortes quedas no sul (de 21% para 16%) e no norte (de 27% para 19%).
As eleições brasileiras realizam-se no próximo domingo, dia 5 de outubro. Para vencer à primeira volta, um candidato teria de obter 50% dos votos, mais um, de forma a conseguir uma vitória por maioria absoluta. Mas de acordo com o Datafolha, o cenário mais provável é a existência de uma segunda volta, que colocará frente-a-frente as candidatas do PT e do PSB. Se a primeira volta fosse hoje, Dilma ganharia com 40% dos votos, Marina ficava no segundo lugar com 25% e Aécio ficava de fora da corrida ao Planalto (20%).
Mas mesmo com a realização de uma segunda volta, a vitória seria novamente de Dilma, que ampliou a sua vantagem sobre Marina, desde as últimas sondagens. Se a disputa final fosse hoje, Dilma ganharia com 49% contra os 41% registados por Marina.
No norte e sul do país, Dilma regista uma vantagem significativa em relação a Marina e Aécio. A chefe de Estado reúne 51% e 39%, respetivamente, das intenções de voto. A candidata do PSB regista 19% no norte e apenas 16% no sul, o seu valor mais baixo. Por sua vez, Aécio Neves regista o seu segundo valor mais elevado no sul, 26%, e 18% no norte.
Mas é nas regiões sudeste e centro-oeste que a disputa entre Dilma e Marina está mais renhida. No sudeste brasileiro, a região que tem mais eleitores, 30% dos eleitores votaria na atual presidente e 29% na candidata socialista. No centro-oeste, Dilma reúne 34% das intenções de voto, Marina 33% e Aécio 23%, uma diferença de onze pontos percentuais em relação à atual chefe de Estado.
Esta sondagem foi realizada a 29 e 30 de setembro e contou com a participação de 7.520 eleitores.