O vencedor é escolhido pelos líderes dos grupos políticos presentes no PE e pelo presidente desta instituição, Martin Shulz, sendo o galardão entregue a 26 de novembro, em Estrasburgo.

O ginecologista Denis Mukwege é especializado no tratamento de vítimas de violações na República Democrática do Congo, cuidando todos os anos de milhares de raparigas e mulheres violadas, usadas como arma de guerra por diferentes grupos armados.

O médico, que foi alvo de uma tentativa de homicídio em outubro de 2012, fundou um hospital para cuidar das mulheres vítimas de violação e o seu nome foi já várias vezes avançado nas “nomeações” para o Nobel da Paz.

Também o Euromaidan (como é conhecido o movimento de contestação lançado na Praça da Independência em Kiev, em novembro de 2013, que derrubou o então Presidente ucraniano Viktor Yanukovich) é candidato ao galardão, que premeia a liberdade de pensamento.

O movimento é representado na candidatura pelo jornalista Mustafa Nayem, a vencedora do festival da Eurovisão Ruslana Lyzhychko, a ativista Yelyzaveta Schepetylnykova e a jornalista Tetiana Chornovol.

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A ativista Leyla Yunus defende os direitos das minorias étnicas no Azerbaijão e está atualmente detida, enquanto aguarda julgamento.

A cerimónia de entrega do galardão – no valor de 50 mil euros – realiza-se no dia 26 de novembro, durante a sessão plenária do PE.

O Prémio Sakharov para a liberdade de pensamento foi atribuído em 2013 à jovem paquistanesa Malala Yousafzai, baleada por radicais por defender o direito das raparigas à educação.

Nelson Mandela e o dissidente soviético Anatoly Marchenko (a título póstumo) foram os primeiros galardoados, em 1988.

Em 1999, o prémio Sakharov foi entregue a Xanana Gusmão (Timor-Leste) e, em 2001, ao bispo Zacarias Kamwenho (Angola).