A Associação de Agricultores do Distrito de Setúbal (AADS) revelou hoje estar mandatada para exigir a intervenção governamental na defesa dos interesses dos moradores e rendeiros da Herdade da Comporta, nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal.

“Já pedimos uma reunião à Comissão Parlamentar de Agricultura e Pescas no passado mês de outubro, para darmos conta das nossas exigências, mas ainda não obtivemos resposta”, disse à agência Lusa Avelino Antunes, da AADS.

“Caso a reunião com a Comissão de Agricultura e Pescas não se realize, ou não aponte no sentido de uma intervenção até meados de novembro, vamos sair à rua na defesa dos nossos interesses”, assegurou.

Além da preocupação com a renovação de contratos de centenas de rendeiros face à situação do Grupo Espirito Santo (GES), proprietário da Herdade da Comporta, a AADS diz que também estão em causa os interesses de alguns moradores, que anseiam pela legalização das suas casas, construídas em terrenos da herdade.

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As preocupações dos agricultores são partilhadas pelo presidente da Câmara de Grândola, Figueira Mendes, que considerou a atual situação “preocupante” e disse estar solidário com os agricultores, reconhecendo a importância da atividade agrícola na freguesia do Carvalhal.

“Temos de encontrar uma forma de garantir a continuidade dos agricultores da Herdade da Comporta, muitos deles ligados à produção de arroz”, disse Figueira Mendes.

A Herdade da Comporta, com uma área de cerca de 12.000 hectares, abrange as freguesias do Carvalhal e da Comporta, nos concelhos de Grândola e Alcácer do Sal.