Após três anos de ausência das competições europeias, a equipa de basquetebol do Benfica inicia quarta-feira a participação na EuroChallenge, num regresso que está a gerar entusiasmo, mas que não desvia as “águias” do objetivo prioritário.

Em entrevista à agência Lusa, o técnico benfiquista, Carlos Lisboa, fez questão de realçar a importância da participação “encarnada” na Europa, referindo que o conjunto da Luz vai encarar a prova “com grande entusiasmo, profissionalismo e dignidade”.

Apesar de garantir que os tricampeões nacionais tudo irão fazer para ultrapassar a concorrência de Belfius Mons-Hainaut (Bélgica), Nanterre (França) e Kataja (Finlândia), o antigo internacional português e histórica figura do basquetebol nacional salientou que a prioridade passa por reforçar a hegemonia interna.

“Qualquer prova em que o Benfica participe, é sempre importante. No entanto, gostava de deixar bem claro que os nossos objetivos principais são as competições nacionais, apesar de estarmos na EuroChallenge. Mas, em todos os jogos que iremos disputar, seja em casa ou fora, iremos fazer tudo para vencer”, afirmou. De resto, Carlos Lisboa afirmou que o Benfica vai “pensar jogo a jogo”, sem “traçar objetivos mais profundos”, preferindo antes destacar a qualidade dos três adversários no Grupo E da EuroChallenge.

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“Sabemos que vamos jogar num grupo forte, com equipas fortes, que têm seis ou sete jogadores norte-americanos. O objetivo que temos de traçar é em relação ao primeiro jogo que vamos disputar (quarta-feira, frente ao Belfius Mons-Hainaut, na Luz)”, referiu, adiantando que a formação belga “tem um plantel valioso, que se destaca pelo seu todo”.

Para Carlos Lisboa, os finlandeses do Kataja serão, à partida, o adversário de menor “nome” no grupo, enquanto os franceses do Nanterre “jogaram na Euroliga (principal competição europeia) da época passada e venceram alguns adversários de grande nome na Europa, como o FC Barcelona e o Partizan”.

“Vamos apanhar um nível de basquetebol alto, mas estamos preparados para enfrentar essas situações, sabendo que temos de pôr em campo as nossas ‘armas’, o nosso valor, a nossa vontade, e querer ganhar. Se conseguirmos, muito bem, se não conseguirmos, tentamos sempre melhorar no jogo a seguir”, disse. Por outro lado, o antigo basquetebolista recordou à Lusa as “magníficas” tardes e noites europeias que viveu enquanto jogador dos “encarnados”, na década de 90 do século passado.

“Tenho boas recordações. Estivemos mais do que uma vez na Euroliga e jogámos a um nível conhecido por todos. Os tempos agora são diferentes. O Benfica, tal como as outras equipas portuguesas que foram campeãs, esteve muito tempo sem participar nas competições europeias e o basquetebol português perdeu alguns lugares no ‘ranking’, em comparação com os anos 90”, concluiu. O Benfica inicia a campanha na EuroChallenge 2014/15 na quarta-feira, com a receção ao Belfius Mons-Hainaut, às 21h00.