Chegou o outono e com ele os dias mais curtos, os aquecedores e as bebidas frias foram substituidas por chás. Para uns, o frio e a chuva são um bálsamo mas, para outros, a adaptação não é tão fácil. Manuel J. Ruiz Polaina, especialista em Medicina Geral, diz que esta falta de adaptação é bastante comum e tem um nome: astenia outonal.
A tradução de astenia é fraqueza e é mesmo assim. Os sintomas são uma fraqueza geral impulsionada pela mudança de temperatura e a diminuição das horas de sol diárias. Resultado: um estado de desânimo e mal-estar geral, um estado catatónico de tristeza, apatia, decadência, irritabilidade, falta de apetite, dificuldade de concentração, insónias ou excesso de sono e até diminuição da líbido durante alguns dias. Quem mais sofre são as mulheres entre os 25 e os 50 anos embora “toda a gente possa padecer de astenia outonal” explica o médico ao El Mundo acrescentando que “as crianças e os mais velhos são os que têm menos probabilidade” de desenvolver este quadro clínico.
Embora os sintomas possam durar algumas semanas não é necessário ir ao médico “a não ser que os sintomas se intensifiquem ou durem muito tempo.” O ideal é ter uma “vida saudável, fazer uma dieta variada e equilibrada, descansar bem e praticar desporto ao ar livre, se for possível.” O médico deixou ao jornal espanhol sete recomendações para evitar ou sair deste estado:
- Fazer uma alimentação saudável e variada rica em vitaminas, frutas, verduras, legumes, proteínas e baixa em gorduras.
- Evitar substâncias excitantes para o sistema nervoso como cafeína, teína, etc.
- Manter-se hidratado de forma abundante.
- Regular os horários de refeições, entre quatro a cinco vezes ao dia, evitando as refeições exageradas.
- Fazer exercício físico de forma regular e de intensidade moderada para manter o músculo e diminuir o stress. Principalmente ao ar livre e em horário diurno porque a luz solar melhora o estado de ânimo.
- Exercitar a mente com atividades intelectuais.
- Dormir e descansar o tempo adequado para cada corpo e pessoa.
