O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, afirmou hoje ser necessário “um amplo entendimento social coletivo” para Portugal atingir os objetivos de estabilidade económica e financeira.

“Precisamos de um amplo entendimento social coletivo”, declarou Pedro Passos Coelho, no Funchal, discursando cerca de 40 minutos no jantar de gala da conferência das “100 Maiores e Melhores Empresas” da Madeira.

Segundo o primeiro-ministro, “uma sociedade, uma economia precisa de direção estratégica, que existe e está a apresentar resultados”, defendendo ser necessário o envolvimento de todos, que “ainda são demasiado magros [resultados económicos]”.

Por isso, sustentou a importância do envolvimento de toda a sociedade, enunciando que “depende do Governo, das empresas, das famílias, instituições, sociedade civil, sindicatos”, entre outras entidades.

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Na sua opinião, sem essa orientação estratégia, Portugal “lança-se numa aventura que não tem qualquer destino e por melhor que possa remar, por mais orientações e ‘inputs’ novos que coloque para a ‘Bimby’ das previsões económicas (…) andará completamente à deriva, sem saber para onde caminhará”.

Passo Coelho reafirmou que Portugal enfrentou nos últimos três anos “a maior crise de que há memória” e destacou as dificuldades que tem enfrentado para realizar o processo de ajustamento, num contexto em que o “financiamento está extremamente condicionado”.

O chefe do executivo da República, salientou que o país tem conseguido apresentar resultados positivos, “embora ainda tenha um longo caminho a percorrer”.

“Fazemos ponto de honra que 2015 seja o ano em que Portugal fica com um défice abaixo de 3%, isto é que o nosso país deixe de ter um défice excessivo. Será o terceiro ano em que teremos um excedente primário, quer dizer que se não contarmos com o peso da dívida e o custo que ela tem, o Estado já estará a realizar poupanças que permitem diminuir o ‘stock’ da dívida e, portanto pagar menos juros no futuro”, declarou Pedro Passos Coelho.

O primeiro-ministro sublinhou que o país “precisa concentrar-se em crescer mais do que está previsto”.

“Ainda temos um longo caminho a percorrer. Não temos uma autoestrada à nossa frente, temos um caminho relativamente estreito”, vincou o primeiro-ministro, apontando, entre outros aspetos, ser necessário “começar a responder de forma categórica à fraca demografia”, que é uma das mais recessivas do espaço europeu.

Apontou ainda que para atingir os objetivos alcançados até ao momento, até agora foi determinante o “nível da estabilidade política”.