Michael Jackson ganhou 150 milhões de dólares, o equivalente a 120 milhões de euros, em 2014. Isto apesar de ter falecido em 2009. Como? Graças ao trabalho de especialistas em gestão de marcas que estão a aproveitar o apetite do público pelas obras e pela imagem de alguns artistas já falecidos. Michael Jackson não é o único: também nomes como Elvis Presley, Bob Marley e Marilyn Monroe continuam a dar muito dinheiro a ganhar a quem gere o legado artístico e o património que deixaram. Um património que continua a crescer.
O facto de ter falecido em 2009, depois de tomar uma mistura letal de medicamentos, não foi impedimento para que Michael Jackson tenha sido, em 2014, um músico cujos rendimentos líquidos são apenas superados pelos irlandeses U2. Segundo dados compilados pela Bloomberg, a marca Michael Jackson vai render 150 milhões de dólares este ano, o que torna o norte-americano a celebridade falecida com maior valor e maior rendimento em 2014.
Michael Jackson morreu afogado em dívidas. Mas a gestão da sua marca permitiu pagá-las na totalidade em 2012. Desde então, todo o encaixe é lucro que se acumula no seu património e que é distribuído, em parte, aos seus quatro herdeiros: a mãe, Katherine, e os três filhos, Michael Joseph “Prince” Jackson Jr., Paris Michael Katherine Jackson e Prince Michael Jackson II.
Antes de morrer, Michael Jackson entregou a gestão do seu património a um advogado de Los Angeles, John Branca, e a John McClain, um produtor de música e amigo da família. Os dois renovaram o contrato com Sony Music, que produziu o filme “This is it”, um documentário que reúne filmagens de ensaios e de concertos de Michael Jackson e que faturou 260 milhões de dólares (208 milhões de euros). Além disso, o património póstumo foi, também, enriquecido com parte das receitas de bilheteira de um espetáculo do “Cirque du Soleil” inspirado nas músicas de Michael Jackson.
John Branca e John McClain ficam, segundo a Bloomberg, com uma comissão de 10% de todo o dinheiro que se acumula no património póstumo e que já terá superado os 600 milhões de dólares, muito graças aos sete álbuns e DVD que foram publicados desde a sua morte.
Fim de semana com o morto
Um dos maiores investidores em marcas de artistas já falecidos chama-se Jamie Salter, um canadiano que é dono da maior parte dos direitos musicais e de imagem de Elvis Presley e que, por exemplo, está a planear para 2015 um espetáculo “ao vivo” com um holograma do “Rei do Rock’n’Roll”. Neste ano, conta a Bloomberg, o investidor espera ver os lucros aumentarem em 25% com a venda de robes, botões de punho, decorações para a casa e, claro, música, de Elvis Presley. “Comprámos o Elvis na altura certa [há um ano]”, diz Jamie Salter.
Salter é também investidor na marca de Marilyn Monroe, tendo aplicado 30 milhões de dólares em 2010 na compra de uma posição maioritária. Antes de 2010, a marca rendia menos de três milhões de dólares por ano. Hoje, o lucro anual ascende a 18 milhões de dólares por ano, com a venda de produtos de beleza e vestuário com a imagem da atriz norte-americana.
Marilyn Monroe também faz parte da lista das celebridades com maiores rendimentos póstumos. Conheça, na fotogaleria acima, os nomes de mais cinco artistas e quanto ganharam em 2014.
