O Instituto Superior de Agronomia (ISA) está a oferecer uma bolsa destinada a um técnico de investigação sem grau académico, no valor de 565 euros, para alguém que tenha “experiência comprovada em trabalhos de pedreiro/estucador”. Além da experiência como pedreiro, os candidatos terão de ter “conhecimento de materiais de construção e sua utilização adequada na reabilitação, reparação e manutenção de edifícios” e um “mínimo de cinco anos de experiência“.
Os candidatos à bolsa serão avaliados consoante a habilitação académica (40%), experiência profissional (30%) e uma entrevista que valerá os restantes 30% – entrevista essa realizada com “os cinco melhores classificados na avaliação curricular”.
A missão do candidato selecionado, que inicia funções a 18 de dezembro, passará por “cumprir eficazmente e com autonomia o plano de atividades da equipa do Piquete de Manutenção nos trabalhos relacionados com os espaços construídos e outras solicitações de outros serviços do ISA”, designadamente a “reabilitação, [a] reparação e [a] manutenção de estruturas edificadas de apoio à investigação e ao ensino das ciências agrárias”. Depois de atribuída, a bolsa terá duração de 12 meses, existindo a possibilidade de ser renovada.
O concurso encontra-se aberto entre 11 a 24 de novembro e está disponível no portal de mobilidade de investigadores em Portugal, que reúne várias ofertas de bolsas, como, por exemplo, uma bolsa de técnico de investigação a alguém nas mesmas condições – sem grau académico – com a finalidade de trabalhar no Jardim Botânico da Ajuda (JBA).
Neste caso, o candidato, que terá de ter também um mínimo de cinco anos de experiência, tem de demonstrar “disponibilidade para trabalhar ao fim de semana ou fora do horário normal de serviço, sempre que disso dependa a sobrevivência das plantas no JBA; (…) conhecimentos de História que envolvam o Jardim Botânico da Ajuda; (…) conhecimentos básicos de contabilidade; (…) falar fluentemente inglês e outra língua que não o português. O técnico de investigação será responsável por, entre outras tarefas, atender o telefone, gerir as visitas guiadas ao Jardim e organizar as “Festas dos Jardins”.
O Observador contactou o Ministério da Educação e Ciência, que remeteu eventuais explicações para o ISA, sublinhado que o instituto tem autonomia para atribuir as bolsas de investigação.
Até ao momento não foi possível obter uma resposta por parte dos responsáveis do Instituto Superior de Agronomia.