As autoridades venezuelanas iniciaram esta quinta-feira a megaoperação “Céu Soberano”, centrada no combate ao tráfico de droga em sete aeroportos internacionais da Venezuela, retendo 131 aeronaves por alegadas inconsistências na documentação e licenças de operação. “Estamos a fazer uma série de inspeções preventivas para garantir e regular o funcionamento da aviação privada na Venezuela, e evitar que usem as suas aeronaves para cometer atos delituosos relacionados com o narcotráfico e a guerra económica”, disse o vice-presidente da Venezuela.
Jorge Arreaza falou aos jornalistas no Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetia, o principal do país, onde precisou que foram detetadas irregularidades na documentação, faltas de licenças de admissão temporária e modificações estruturais em aeronaves. Por outro lado explicou que o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil realiza uma vistoria profunda tanto das aeronaves, como dos sistemas de manutenção, dos pilotos, licenças e cumprimento dos planos de voo.
Segundo Jorge Arreaza, funcionários do Escritório Nacional Antidroga (ONA), inspecionam todas as áreas e compartimentos internos e externos das aeronaves para verificar se não existem rastros de drogas, enquanto funcionários do fisco verificam os registos fiscais.
A megaoperação “Céu Soberano” decorre nos aeroportos venezuelanos de Simón Bolívar, Metropolitano de Charallave e Metropolitano de Caracas, Arturo Michelena de Valência, José Anzoátegui de Barcelona, Santiago Maríno de Porlamar e La Chinita de Maracaibo. As autoridades venezuelanas confiscaram desde janeiro passado 30,8 toneladas de vários tipos de drogas e detiveram 1.120 pessoas das quais 84 eram estrangeiros, entre eles pelo menos dois cidadãos portugueses.