O indicador de confiança dos consumidores suspendeu em dezembro a subida registada desde início de 2013, estabilizando no valor mais alto desde maio de 2002, e o indicador de clima económico diminuiu “ligeiramente”, anunciou nesta segunda-feira o INE.

Segundo os inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores do Instituto Nacional de Estatística (INE), a estabilização do indicador de confiança dos consumidores refletiu o contributo positivo das expetativas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar e da poupança e o contributo negativo das perspetivas sobre a evolução do desemprego e da situação económica do país.

O INE nota que, sem a utilização de médias móveis de três meses, o indicador de confiança agravou-se em dezembro, refletindo o contributo negativo de todas as componentes, com exceção das expectativas relativas à evolução da situação financeira do agregado familiar.

Em novembro e dezembro, o indicador de confiança “diminuiu ligeiramente”, após estabilizar no máximo desde julho de 2008, sendo que, no último mês do ano, recuou no comércio, estabilizou na indústria transformadora e na construção e obras públicas e aumentou nos serviços.

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Segundo os dados do INE, na indústria transformadora verificou-se um contributo positivo das apreciações sobre a procura global, enquanto as apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados contribuíram negativamente e as perspetivas de produção estabilizaram.

Já o indicador de confiança da construção e obras públicas, que também estabilizou em dezembro, traduziu uma recuperação das opiniões sobre a carteira de encomendas e um agravamento das perspetivas de emprego.

Quanto ao indicador de confiança do comércio, diminuiu ligeiramente, refletindo o contributo negativo das perspetivas de atividade e das opiniões sobre o volume de stocks, mais significativo no primeiro caso, tendo as apreciações sobre o volume de vendas contribuído positivamente.

Nos serviços, o indicador de confiança aumentou ligeiramente em dezembro devido à recuperação das perspetivas de evolução da procura e das opiniões sobre a evolução da carteira de encomendas, uma vez que as apreciações sobre a atividade da empresa registaram, segundo o INE, um agravamento. Não considerando médias móveis de três meses, o indicador de confiança da construção e obras públicas diminuiu em dezembro.