O banco central da Rússia reduziu hoje a sua taxa diretora de 17% para 15% e explicou que com esta decisão pretende atenuar a recessão prevista para os próximos meses.
A decisão, que causou surpresa, foi seguida por uma queda do rublo. O euro chegou a ultrapassar a barreira de 80 rublos e o dólar de 70 rublos, níveis que não se verificavam desde a “terça-feira negra” de 16 de dezembro, quando a moeda russa teve uma desvalorização inédita nos 15 anos de poder de Vladimir Putin.
Segundo as previsões do banco central, a economia russa vai recuar 3,2% no primeiro semestre deste ano. Em comunicado, o banco indicou que o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,6% no ano passado, depois de ter recuado em novembro e de uma ligeira recuperação em dezembro.
O Banco da Rússia destacou o impacto na economia nacional de fatores externos como a queda do preço do petróleo e a falta de acesso das empresas russas aos mercados financeiros internacionais, devido às sanções ocidentais impostas à Rússia no âmbito da crise ucraniana.
A instituição prevê ainda que a inflação, que está atualmente em 13,1%, continue a aumentar e atinja o ponto mais elevado no segundo trimestre deste ano.